ARTICULISTAS

Dores dos campos floridos...

Ando meio desanimado de escrever com seriedade sobre as coisas dos tempos atuais

João Gilberto Rodrigues da Cunha
Publicado em 08/06/2011 às 21:29Atualizado em 17/12/2022 às 07:18
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Ando meio desanimado de escrever com seriedade sobre as coisas dos tempos atuais. Acontece que sou um cronista roceiro e estas “mal traçadas linhas” não pulam além do Paranaíba ou do Rio Grande. A grande e importante imprensa fuma charutos de Havana, fala grosso e é escutada em Brasília, Rio, São Paulo e no Congresso Nacional. Nós, aqui, trocamos figurinhas com Uberlândia, o nosso público desce pelas beiradas regionais – Água Comprida, Conceição das Alagoas, Campo Florido, Iturama, Prata, Ituiutaba, Monte Alegre, Araguari, Cascalho Rico, Patrocínio... e tantas outras cidades gemendo o desconhecimento dos poderosos que só nos visitam de quatro em quatro anos... já sabem porquê.

Mal comparando, apenas os políticos e poderosos frequentam o altar-mor, o incenso e os sermões do alto-clero da política. Nós somos aqueles pobres de porta de igreja, mostrando ferida na perna, babando, gemendo miséria e chapéu na mão... Desculpem-me até os políticos que elegemos e reelegemos, que também ficam nas assembleias de chapéu na mão e pedindo favores para enfrentar o interesse da reeleição... Olhem e confirmem: o Triângulo só teve um governador, Rondon Pacheco, acidente da política não eleitoral e que fez Uberlândia ser e chegar aonde está.

Nós, na dura realidade, somos os pobres mendigos da porta da catedral. O prefeito e a câmara de vereadores são o nosso pão de cada dia, às vezes divertido quando um manda o outro tomar chá de erva-cidreira, ou similar. Vejam a minha opinião mil vezes repetida por aqui. De coisa séria, eu aponto sempre as grandes e maltratadas: saúde e droga. É verdade que elas são nacionais, nem FHC, Lula, Dilma ou Palocci (cruz credo!) querem enfrentar estas aroeiras. Igual empreiteiro de roçada, passam alguma foice no assa-peixe e descascam algum angico mais podre. O pesado e necessário levam na embromação.

Lembram-se do Galdino Lelis e do que contei? Aflito para o pagode e dança gritou pro seus compadres roçando mat Chu, gente, mata só as mães, que as filhas morrem de paixão! Agora, meu companheiro, a situação é igual. Sem querer querendo, em Uberaba tem o caso do terreno do hospital municipal, que ficam discutindo. Entretanto, eu não sei, e pergunto se vocês sabem: qual é a planta e ambição de sua construção? Quantos andares? Capacidade ambulatorial e as urgências; clínicas, doenças e especialidades que ele irá realmente atender; número necessário de profissionais da saúde que serão contratados e sustentados; o projeto de diretorias e credenciais; a competência, a capacidade e até a honestidade deste enorme corpo operacional. Esperança? Temos agora um médico prefeito e perfeit o dr. Paulo Mesquita. Aqui não pode ser igual a roçada do seu Galdino. E chega por hoje, dá pra pensar sem cortarem meu espaço. Mais adiante, veremos.

(*) médico e pecuarista

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