ARTICULISTAS

Dr. Homero Vieira de Freitas

Se estivesse fisicamente entre nós

João Eurípedes Sabino
forumarticulistas@hotmail.com
Publicado em 21/06/2013 às 20:22Atualizado em 19/12/2022 às 12:22
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Se estivesse fisicamente entre nós, amanhã, 22/06/2013, ele completaria cem anos de vida. Falo do homem que, por circunstâncias, não recebeu o sobrenome Sabino, mas não abria mão dele e acrescentava em alto e bom som: “Sou filho de Marath Pontes e Sabino Vieira de Freitas, o Nenê Sabino”. Casado em primeiras núpcias com a senhora Alice Prata Vieira de Freitas (Iaiá) e, em segunda, com a também prendada senhora Maria Celínea Tomain de Freitas, com quem teve respectivamente os filhos Volney Murilo Prata e Maria do Carmo Prata, além de Antônio Ivan, Olinda Maria, Homero Júnior e Milo Sabino. Pelo que sei, sua prole só lhe deu prazer.

De inteligência privilegiada, Dr. Homero falava fluentemente os idiomas: português, espanhol, inglês, francês, latim, grego, italiano, alemão, inclusive o auxiliar esperanto e muitas vezes discursava usando tais línguas. Advogado brilhante formado pela Universidade Federal de Minas Gerais, ele tinha na advocacia um laboratório e, no júri, ensinava a todos, começando por seus alunos, fazendo-se respeitar pela sua erudição e o amor à Justiça. Entretanto, preconizava que: “O Direito pode muito mais”.

Dr. Homero Vieira de Freitas, de quem me recordo com saudade, tem o nome gravado em nossa história e Uberaba sabe que ele o fez por merecer. Foi vereador durante seis mandatos no tempo em que o parlamentar nada ganhava para exercer o seu mister. No dia 14/07/1947, quando o 4º Batalhão de Polícia Militar (4º B.I) se transferiu da Pça. Frei Eugênio para a sede atual, Homero, “em oração de despedida”, discursou brilhantemente em nome do Bairro São Benedito. Quando lancei o meu primeiro livro – Quesitos nas Ações Possessórias – no dia 22/12/1987, ele fez a apresentação da obra. Lançamos a Pedra Fundamental para construção da sede da Fundação Logosófica de Uberaba em 13/10/1975. O grande orador Homero manifestou naquela data em nome da Câmara Municipal. No dia 13/12/2012, o jornalista Luiz Gonzaga de Oliveira lançou o livro “Terra Mãe”, do qual tenho a honra de participar com 23 páginas reveladoras e nelas está, com destaque, o nome de Homero Vieira de Freitas.

Não há quem se recorde do mestre Homero sem reverenciá-lo como homem de princípios, pai esmerado, professor emérito, profissional devotado, político dedicado ao povo e sempre solícito às causas de Uberaba, da qual só não se mudou devido à paixão que sempre nutria pela sua querida terra. Homero Vieira de Freitas completaria cem anos amanhã, porém os Desígnios Superiores nos privaram da sua convivência no dia 29/04/1997.

Naquela triste data ele viu atendido o seu último desejo expresso na frase: “Uberaba foi o meu berço e será o meu túmulo”.

(*) Presidente do Fórum Permanente dos Articulistas de Uberaba e Região; membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro

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