Mano, tá difícil de aguentar, e eu não vou insistir: não falo nem escrevo mais sobre futebol, sobretudo da copa que vem chegando e este Mano que não vem saindo. É possível aguentar a repetida escalação duns Marcelo, Lucas Leiva, Leandro Damião, desconhecidos nossos e do nosso futebol, a associação Mano – Ricardo Teixeira agradando a paisecos e dirigentes estrangeiros em nome de se conservarem no poder? Atenção, revisão, não troque a primeira letra deste poder, embora um F aí caiba muito bem. É simples, ganhar de Gana (onde fica isto?), com um a menos já no primeiro tempo, gol de Leandro Damião (quem é este?).
Nesta sequência, o próximo jogo será na Líbia, com Kadafi no gol perdendo por pênalti roubado no último minuto do jogo... Aqui na vila, a garotada já está ensaiando o salve lindo pendão da esperança! E a nossa Dilma, que por ser mulher não tem obrigação com o futebol, vai gastando bilhão para o show de 2014, com Ricardo Teixeira no comando e Mano escalando suas novidades no time. Vindo a Uberaba, poderá escalar o Ticrila, Marambaia, Volante e Juca Pato na ponta direita, tendo direito de me engasgar: gostou, João? Este é um time do fim do mundo! Bem, deixa pra lá, chega de sofrer.
Agora, pra não dizerem que não falei de flores e coisas sérias – apesar de futebol ser a maior –, vou sofrendo com os meus pobres da Santa Maria as dores da nossa saúde pública. Qualquer ministro da saúde, neste futebol, não tem chance de ganhar. É um ministério sério e honesto, não tem como nem o que roubar. Ladrão que lá entrar vai depositar esmola no caixa em troca de material genérico. Ministério de maior importância e falta de dinheiro, só leva porrada da imprensa e do povo. O motivo é simples, sempre o mesm a saúde não tem dinheiro.
Meu amigo Adib Jatene, como bom libanês, conseguiu alguns com a CPMF. Acontece que ela era seletiva, pagavam apenas os ricos e suas operações e declarações de renda... é claro que não interessava renová-la. Conversando sobre a pobre Copa da Saúde, nós pensamos a sério em uma solução democrática para a sua necessária irrigação financeira. Ideia simples: se todos usam e necessitam, todos devem pagar. Apenas, e aqui o que não deveria ser novidade: cada um pagará dentro da sua possibilidade financeira. Como? Elementar, diria Sherlock Holmes: a contribuição mensal será de 1% (um por cento) descontado na folha de pagamento. Um salário mínimo descontará o dinheiro de duas cervejas, e o diretor, os deputados, ministros e governadores... muitos litros de whisky. Em milhões, este estudo poderá representar a novidade salvadora. Vale pensar e fazer a conta?
(*) Médico e pecuarista