O assunto do momento é a volta do alemão. Até o “Verme” Ecclestone não se conteve, pois na matemática dele a audiência e o número de ingressos serão maiores com Schumacher no grid. O Verme sempre foi um aliado do alemão. E pelo jeito não mudou sua postura e o que ocasionou essa simpatia foi a capacidade que o piloto sempre teve de alavancar o público. Como já disse inúmeras vezes, o Verme precisava de um ídolo germânico para aumentar o interesse do público da mais pujante nação do velho mundo na época, e não havia um campeão alemão até o primeiro título de Shumi, em 1994. A carreira de Schumacher sempre foi marcada por atitudes antidesportivas, mas como é o maior recordista de vitórias e longe de ser alcançado, sempre será um grande ídolo. Principalmente aqueles que não o viram em ação e olham só as estatísticas. Para quem só vê estatística, a BMW foi a vice-campeã de 2007. E certamente não vai ver que a McLaren foi a equipe que mais venceu, mas foi desclassificada. Com a volta do piloto fica a dúvida: será que ele realmente não tinha condições físicas para substituir Massa? Ou ele como sempre não quis pilotar um carro que não era capaz de lutar por vitórias? Outra verdade é que ele realmente considerou sua volta só depois que Button abandonou a Mercedes pela McLaren. E também como ele próprio disse, sempre teve uma dívida para com os alemães da marca da estrela. E a marca tentou por quatro vezes essa contratação. Shumi ainda vai contar com a companhia do Ross Brawn, velho companheiro de todos os seus títulos. A velha raposa deve ter também analisado as condições financeiras do novo time. Antes mesmo do anúncio da volta, a Petronas, que era patrocinadora da Sauber e depois da BMW, e que antes da volta do alemão ser considerada, já havia relatado que continuaria apoiando a Sauber, mas que estranhamente depois voltou atrás e declarou que não iria com a Sauber e nem com qualquer outra equipe da F-1. Dias depois declarou que seria a principal patrocinadora da Mercedes. Ao ponto de influir no nome da equipe, que agora será Petronas-Mercedes. Como podemos ver, não é só o piloto que joga sujo, quem o apoia também. Mas, o velho campeão só deve conseguir vitórias se o novo carro for realmente bom. Pois, a Brawn já não tinha o melhor carro do grid nas últimas etapas de mundial de 2009. Mas a Brawn não era uma equipe com muita grana. E a Petronas-Mercedes é. Quem não gostou nada dessa história toda foi a italianada de Maranello, que ficou desde 1996 com o piloto na folha de pagamento. E pior, há poucos meses precisou de seus préstimos e não os teve. Agora sarou rapidinho. Essa volta do alemão vai lhe render a bagatela de R$ 57 milhões de reais por ano, ou seja, 20 milhões de euros e não de sete milhões, como foi veiculado por um grande jornal alemão. Acontece que na Alemanha, e principalmente entre os funcionários da própria Mercedes, a notícia não foi bem recebida. Sendo assim, trataram de divulgar um valor menor para acalmar os ânimos sindicalistas. A F-1 deve ser bem diferente em 2010, não só com a volta do grande recordista, mas a F-1 de um grid cheio de carros e de pilotos esperançosos em mostrar serviço. Mas, a verdade será bem outra, essas novas equipes irão apenas fazer número e veremos os ponteiros dar três, quatro ou até mais voltas nessa turma de novatos. As grandes Ferrari e McLaren devem voltar a dominar, e a melhor da segunda metade de 2009, a Red Bull projetada pelo grande Newey, deve figurar novamente entre os ponteiros. A ex-brawn, agora sobre o comando da Mercedes, não poderá ficar para trás, deveremos ver um bom espetáculo. Uma ótima semana a todos!