Em 27 de abril último, Jorge Alberto Nabut, presidente da Academia de Letras do Triângulo Mineiro, dirigiu nossa primeira reunião na Biblioteca Municipal. A novidade foi o horário de iníci dez horas, uma agradável experiência.
Após agradecer a acadêmicos e visitantes pela presença, Nabut fez um relato de atividades ligadas à Academia, dentre as quais, destacam-se: homenagens da sociedade uberabense por sua eleição; adaptação para o palco de sua obra Geografia da Palavra, pelo diretor Emílio Rogê; constantes reuniões para troca de ideias com os companheiros antes da tomada de decisões; reuniões com autoridades, em busca de nossa sede própria; andamento dos trabalhos de formação da biblioteca da Academia, com livros de autores do Triângulo e livros sobre a região; lançamento da Revista Convergência e, em breve, de coletânea de crônicas de Natal de Monsenhor Juvenal Arduini.
A seguir, o historiador André Azevedo da Fonseca abordou o tema “Mário Palmério - O Homem e o Mito”, assunto de seu livro “A construção do Mito Mário Palmério – Um estudo sobre a ascensão social e política do autor de Vila dos Confins”, fruto de pesquisa em extensa bibliografia, catalogada ao final da obra.
Em relação a esse exponente de nossa cultura, o conferencista fez uma abordagem sobre o nascimento, primeiros estudos, a luta pertinaz para se impor na sociedade uberabense e a visão sobre as possibilidades que o ramo do ensino oferecia como fator de progresso da cidade e região, o que o levou a criar o Colégio do Triângulo Mineiro, a Escola Técnica de Comércio do Triângulo Mineiro e as Faculdades de Odontologia e Direito.
André tratou minuciosamente do papel de Mário Palmério na política, narrando momentos tensos e vitoriosos dessa trajetória. Fato curioso é que, diante de comentários de que não seria esse o autor de Vila dos Confins, André levantou até quinze pseudoautores da obra, mas nenhum confirmou essa autoria.
Além ter criado o complexo universitário que é a Uniube, que abrange Uberaba e várias cidades, Palmério representou a possibilidade de revelação de um dedicado e metódico historiador e conferencista: André Azevedo da Fonseca, cuja obra contempla perfeitamente nossas expectativas que giram em torno da admiração que todos temos por Mário Palmério.