ARTICULISTAS

Encarando a doença de Alzheimer

Corre um dito popular que em relação a alguns problemas da vida, quando não chegamos a eles pelo amor, acabamos chegando pela dor

Vera Lúcia Dias
veludi@terra.com.br
Publicado em 08/04/2010 às 20:00Atualizado em 20/12/2022 às 07:12
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Corre um dito popular que em relação a alguns problemas da vida, quando não chegamos a eles pelo amor, acabamos chegando pela dor. Se assim é, cheguei à Doença de Alzheimer por simpatia ao trabalho do grupo que representa a Associação Brasileira de Alzheimer em Uberaba.

Descrita no início do século passado pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, essa doença é degenerativa e apresenta como primeiro sintoma prejuízo da memória e vai se agravando com o surgimento de muitos outros, como confusão, desorientação, ansiedade, agitação, desconfiança, alteração da personalidade, perda em ambientes e trajetos conhecidos, distúrbios do sono e da alimentação.

Com o tempo, as dificuldades se estendem a outras áreas, tais como aprendizado, realização de cálculos simples, tarefas diárias, reconhecimento e convivência com os familiares, tomada de decisões, comunicação, higiene pessoal e controle dos esfíncteres.

Cuidar de um portador de DA não é tarefa simples. Requer amor, paciência e dedicação. Ele – ou ela – necessita de atenção diuturna, o que acaba por gerar desgaste emocional e físico, principalmente quando a família não consegue se reorganizar e distribuir as responsabilidades do cuidar entre seus membros.

Independente de quem esteja cuidando, seja um familiar ou profissional, é importante que se esteja atento a algumas orientações dos especialistas, como procurar manter a normalidade da rotina familiar, incentivar a independência do doente e a manutenção de suas habilidades e dignidade. Tornar a casa segura para evitar acidentes domésticos. Na comunicação, os confrontos devem ser evitados, porque os sintomas independem da vontade do portador. As conversas simples e as perguntas claras e diretas. A memória deve continuar a ser estimulada por meio de pequenos artifícios.

Lembramos que a informação e a solidariedade são poderosas aliadas no enfrentamento da DA e, assim sendo, convido aos interessados a assistirem uma palestra que será proferida pelo médico neurologista Dr. Emerson Milhorim, intitulada “Depressão e Alzheimer”, dia 5 de abril, às dezenove e trinta horas, no andar térreo da Aciu. Informações poderão ser obtidas com a coordenadora do Grupo de Apoio aos Cuidadores de DA em Uberaba, Zélia Salerno, pelo telefone 3321 5053.

Este evento será para você, que está vivendo o papel de cuidador. Compareça!

(*) mestre em Psicologia pela PUC/SP, terapeuta das Perdas e do Luto e palestrante

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