Entrega

Sou rubro-negro de coração. Não escondo meu amor pelo Flamengo e principalmente pela torcida apaixonada e fiel. Mas, nem que eu tente, não vou conseguir negar: na quarta-feira, final da Copa Sul-Americana, torci para o Fluminense contra a LDU, do Equador. Sim, um rival! Mas, um rival digno de merecer a torcida de todo o país, uma vez que mostrou, durante os 90 minutos de bola rolando no Maior do Mundo, toda a sua raça, disposição e amor à camisa. Isso, meu amigo, é difícil encontrar hoje em dia.   O Tricolor das Laranjeiras venceu o jogo por 3 a 0. Foi pouco, pois havia perdido o primeiro duelo, no Equador, por 5 a 1. Ainda assim, mesmo sem levar o título, o time saiu de campo aplaudido pela sua torcida. O que o torcedor quer é iss raça, amor e compromisso com o clube.   E olha que eu sou daqueles que nem exigem amor pelo clube por parte do atleta. Amor, no futebol, pode muito bem ser substituído por profissionalismo. Defender, até a última gota de suor – e suar sangue, se necessário – as cores do brasão de um clube, é a obrigação maior de todo jogador. Digo isso por conta da falação constante a respeito da final do Campeonato Brasileiro de 2009. Diga-se de passagem, o melhor de todos os tempos no quesito disputa.   Pra mim, engana-se a galera que acredita numa possível facilitação por parte do Grêmio frente ao Flamengo, domingo, no Maracanã. Essa história de que os gaúchos irão “abrir as pernas” para arruinar os sonhos do Colorado – que também luta pelo título e depende de um resultado negativo do Flamengo – é pura conversa para boi dormir. O time do Grêmio deve promover sim uma entrega total ao jogo, à partida, em busca da vitória. Acontecendo isso, todos serão valorizados: o Grêmio (pela entrega e pelo resultado positivo que poderá alcançar); o Flamengo (por superar um time que se doou dentro de campo); e o Campeonato (por terminar de forma digna e respeitável aos olhos do torcedor).   Caso contrário, se o Grêmio facilitar visivelmente a vida do Flamengo, prejudicando Internacional, Palmeiras e São Paulo, é preciso acionar a justiça desportiva para que os responsáveis paguem pelos seus erros. Relembrando o jogo do Flusão, infelizmente derrotado na quarta-feira, quero fazer minhas as palavras dos mais de 70 mil torcedores que presenciaram a partida contra os equatorianos: jogadores (de todos os times) lutem até o fim! Eu acredito!