A ABERT diz que não se justifica qualquer cobrança das emissoras pois não há captação de imagem (Foto/Abert)
Campinas, SP, 29 (AFI) – A decisão do Tribunal de Justiça do Paraná, que dá ao Athletico Paranaense a possibilidade de realizar cobranças de emissoras de rádio nas transmissões de seus jogos, quando for seu mando de campo, já está sendo contestada.
A polêmica vem desde maio de 2008, quando o Athletico passou a cobrar de emissoras de rádio do Paraná a transmissão de seus jogos. Na ocasião, Mario Celso Petraglia, presidente do clube paranaense, não estava satisfeito com a linha editorial de algumas emissoras de rádio de Curitiba.
Algumas emissoras, a Associação dos Cronistas do Paraná e a ABERT conseguiram na 5ª Vara Cível de Curitiba uma decisão proibindo essa cobrança.
O Athletico continuou questionando e, nesta semana, após 15 anos de litígio, obteve êxito em um recurso julgado pela 7ª Câmara Civil do TJ do Paraná.
ABERT GARANTE RECURSO
A Associação Brasileira de Rádio e Televisão (ABERT) emitiu nota para esclarecer que a decisão ainda cabe recurso, e que irá fazer os recursos para os Tribunais Superiores, em Brasília-DF, com o objetivo de reverter essa decisão.
Em nota, sinteticamente, a ABERT diz “que as transmissões de futebol pelo rádio é um diretor social conquistado pelo cidadão brasileiro e que não se justifica qualquer cobrança pois não há captação de imagem do evento, sendo as transmissões criação intelectual do narrador esportivo”.
ABRACE SE MANIFESTA
A Associação Brasileira de Cronistas Esportivos (ABRACE) também se manifestou, consignando a preocupação com outras decisões similares que poderão gerar um desemprego em grande escala na categoria.
“Inicialmente entendo que são as Entidades que representam as emissoras de rádio, e até individualmente emissoras de todo o gênero, inclusive as que fazem a difusão sonora pela internet, que poderão tomar alguma atitude jurídica”, diz Artur Eugênio Mathias, presidente da ABRACE.
“Porém, essa decisão poderá representar outras similares o que irá impactar em uma escalada de desemprego muito grande na crônica esportiva. Recentemente, já houve uma movimentação do Deputado Felipe Carreras (PSB/PE) para institucionalizar a cobrança, prejudicando todo o rádio esportivo brasileiro. A situação é grave e preocupante”, finaliza Artur Eugênio
Fonte: Agência Futebol do Interior