Nandinha em campeonato de 2016 (Foto/Arquivo Pessoal)
Nandinha e seu time (Foto/Arquivo Pessoal)
Nandinha e seu time (Foto/Arquivo Pessoal)
Campeonato Mineiro Júnior em São Gotardo (Foto/Arquivo Pessoal)
Nandinha e seu pai (Foto/Arquivo Pessoal)
Maria Fernanda Nascimento Teles, talentosa atleta de handebol de 20 anos, está deixando sua marca no cenário esportivo local. Estudante de Educação Física, Maria Fernanda tem uma história de determinação, superação e conquistas que a levaram ao sucesso no esporte. Atualmente, a atleta integra o time de Uberaba e vem participando de diversos campeonatos de destaque.
A história de amor de Nandinha, como é carinhosamente conhecida, pelo handebol não é de agora. De 2013 a 2018, ela defendeu as cores do Sesi, acumulando importantes conquistas. Entre os principais campeonatos e títulos estão o Mineiro Infantil de 2016, onde conquistou o 3º lugar e recebeu o reconhecimento como melhor armadora direita da competição. No ano seguinte, no Mineiro Juvenil, ela garantiu o 2º lugar. Nos Jogos Escolares de Minas Gerais (JEMG), ela conquistou o 1º lugar na fase regional e o 3º lugar na fase estadual. Além disso, foi agraciada com o título de Atleta Destaque de Uberaba no handebol nas temporadas 2015 e 2016.
Em 2017, Maria Fernanda teve a oportunidade de jogar pelo time de Belo Horizonte no Campeonato Brasileiro, juntamente com suas amigas Jeniffer e Kawane, demonstrando sua habilidade em nível nacional. A partir de 2018, ela representou Uberaba em vários campeonatos regionais e estaduais.
No entanto, a pandemia de COVID-19 trouxe um período de interrupção e desafios. Maria Fernanda confessa que foi um momento delicado em sua vida, já que nunca havia ficado tanto tempo sem jogar. Após a liberação para a retomada das atividades esportivas, ela e sua equipe voltaram às competições em 2022, embora em menor quantidade, devido aos compromissos acadêmicos, profissionais e financeiros dos membros do time.
Em junho do mesmo ano, Maria Fernanda teve a oportunidade de representar a cidade de Catalão nos Jogos Abertos de Goiás, ao lado de sua amiga Giovanna. E no final do ano, ela e mais três amigas de Uberaba, Carolina, Yasmin e Iasmin, receberam um convite especial para jogar o Campeonato Mineiro Júnior pela cidade de São Gotardo. O resultado não poderia ter sido melhor, com o time conquistando o 1º lugar na competição. Além disso, Maria Fernanda e Yasmin foram selecionadas para a equipe do campeonato, com premiações individuais. Yasmin foi eleita a melhor ponta esquerda, enquanto Maria Fernanda recebeu o prêmio de melhor pivô.
Com o encerramento do time ao qual pertencia, Nandinha considerou colocar um ponto final na sua carreira, mas logo mudou de ideia. “Sou extremamente grata por tudo que vivemos [no clube antigo] e compartilhamos durante todos esses anos juntos, sou grata ao Renato que nos acolheu e cuidou de todas nós durante todos esses anos, e fico muito feliz de ter construído um ciclo de amizade tão incrível como esse. Confesso que pensei em parar de jogar e encerrar minha vida com o handebol no começo desse ano, mas a paixão é mais forte e decidi ir treinar com o time da cidade, comandado pelo Karel, e fomos acolhidas com muito carinho por ele e por todos os atletas”, afirma a atleta.
O esporte sempre foi uma parte essencial da vida de Maria Fernanda. Antes mesmo de descobrir o handebol, ela praticava uma variedade de esportes e sempre demonstrou facilidade em aprender novas modalidades. Foi em 2013, aos 10 ou 11 anos de idade, quando entrou na escola Sesi, que Maria Fernanda teve seu primeiro contato com o handebol. Participando da Escola de Esportes, que oferecia treinamentos específicos com o professor Renato Bezerra e visava formar equipes para competições, ela se viu completamente envolvida desde o primeiro treino. A partir desse momento, não parou mais.
A família desempenhou um papel fundamental em seu percurso esportivo. “Meu maior incentivo sempre veio de dentro de casa, meus pais sempre me incentivaram muito, principalmente meu pai Ricardo Teles, que é completamente apaixonado por esporte, e acredito que muita coisa que conseguimos durante todos esses anos, principalmente visibilidade para esse esporte, chegou através do meu pai, que faz questão de publicar, apoiar, incentivar e brigar pelo esporte amador dentro da cidade de Uberaba”, conta Nandinha orgulhosa do pai.
A vida de Maria Fernanda sempre girou em torno do esporte. Ela reconhece que tudo o que é hoje, tanto na formação de seu caráter quanto na escolha de sua futura profissão, deve-se ao handebol. “Sou muito grata por ter construído amizades que levo para a vida, começando por minhas companheiras de quadra, que sem elas eu não conquistaria nada, agradeço ao Renato e Karel por todos os ensinamentos e queria agradecer imensamente aos meus pais que são meu ponto de apoio, que sempre fizeram de tudo para estarem presentes nos meus jogos. Espero escrever essa história por muitos anos ainda”, completa.
Futuro
À medida que Maria Fernanda se aproxima da conclusão de sua formação acadêmica no próximo ano, seus planos para o futuro estão intimamente ligados à sua paixão pelo handebol. “Ainda é cedo para falar sobre atuação profissional, mas quando se envolve o amor por um determinado esporte, acredito que as coisas vão ficando mais fáceis de serem alcançadas. Em relação a campeonatos eu pretendo continuar jogando com meu atual time, que vem de uma série de vitórias e evoluindo cada dia que passa, estamos buscando sempre os melhores campeonatos e os de níveis nacionais são metas que podemos alcançar. Queria completar e dizer que o esporte no geral deveria ser muito valorizado, porque ele pode mudar a vida de muitas crianças e adolescentes”.
Durante toda a sua jornada esportiva, Maria Fernanda contou com o apoio financeiro de seus pais, que se esforçaram para cobrir os gastos necessários. “Minha família sempre tirou do nosso próprio bolso para custear os gastos, mas infelizmente não é todo mundo que tem apoio financeiro dos pais, e já presenciei diversas vezes atletas com muito potencial largando o esporte por não ter condição financeira para continuar com a prática. O esporte pode mudar vidas e as pessoas precisam ter um olhar mais atento para os times de base, pois são o futuro do nosso país”, alerta Nandinha.
Maria Fernanda é uma verdadeira inspiração, tanto dentro quanto fora das quadras, e espera que seu compromisso com o handebol possa ser um exemplo para futuras gerações de atletas e incentivadores do esporte.