A direção do Botafogo oficializou a contratação de Luiz Henrique nesta quinta-feira (Foto/Lucas Figueiredo/CBF)
O atacante de 23 anos, esperado pelo clube carioca desde o fim do ano passado, assinou contrato até 31 de dezembro de 2028. Trata-se da maior contratação da história do futebol brasileiro em valores nominais.
O clube carioca não revelou as cifras envolvidas na negociação, mas o valor do acordo pode chegar a 20 milhões de euros (cerca de R$ 107 milhões), incluindo metas e bônus. A contratação é a maior do futebol brasileiro sem levar em conta a atualização pela inflação.
"O atleta é aguardado para realização de exames e a data da coletiva de apresentação será anunciada em breve", anunciou o Botafogo. A oficialização do acerto já era esperada desde a noite de quarta, quando o americano John Textor, dono da SAF do Botafogo publicou foto ao lado de Luiz Henrique em seu perfil nas redes sociais.
A negociação entre o clube carioca e o atacante contou com idas e vindas nas últimas semanas, o que gerou até expectativa de que o negócio não vingasse. O jogador, que estava no Betis, da Espanha, foi especulado em diversos clubes, entre brasileiros, como Corinthians e Flamengo, e estrangeiros, como o inglês Liverpool.
Não por acaso o próprio Botafogo brincou com manchetes de jornais e sites ao fazer o anúncio de Luiz Henrique nas redes sociais. O clube postou vídeo em que exibia títulos de matérias jornalísticas que apontavam a contratação do atacante por outros times.
O jogador nascido em Petrópolis (RJ) foi um dos principais nomes desta janela de transferências, principalmente em razão do interesse demonstrado pelo Botafogo, apesar da ligação natural de Luiz Henrique com o rival Fluminense, onde foi formado e onde iniciou sua carreira no futebol profissional.
Apesar do peso da contratação, é possível que Luiz Henrique não fique muito tempo no Botafogo. Há a expectativa de que o jogador deixe o clube carioca rumo ao Lyon no meio de 2024 ou no início de 2025.
Isso porque o Botafogo faz parte da Eagle Football, rede multiclubes de John Textor, que também é dono do Lyon, na França, do RWD Molenbeenk, na Bélgica, e de uma parcela minoritária do Crystal Palace, na Inglaterra.
O bilionário americano participou das negociações e foi fundamental para convencer Luiz Henrique a voltar ao Brasil. A princípio, o jogador não estava de acordo com um retorno ao País, por temer não conseguir depois ter nova chance na Europa, onde acreditar ter mais condições de pleitear uma vaga na seleção brasileira.
VEJA AS CONTRATAÇÕES MAIS CARAS DO FUTEBOL BRASILEIRO:
Luiz Henrique (Betis - Botafogo): R$ 107 milhões, em 2024
Gérson (Olympique de Marselha - Flamengo): R$ 92 milhões, em 2023
Pedro (Fiorentina - Flamengo): R$ 87 milhões, em 2020
Éverton Cebolinha (Benfica - Flamengo): R$ 87 milhões, em 2022
Nicolás De la Cruz - (River Plate - Flamengo): R$ 79 milhões, em 2023
Gabigol (Inter de Milão - Flamengo): R$ 78 milhões, em 2019
Arrascaeta (Cruzeiro - Flamengo): R$ 64 milhões, em 2019
Tévez (Boca Juniors - Corinthians): R$ 60 milhões, em 2004
Flaco López (Lanús - Palmeiras): R$ 50 milhões, em 2021
Gérson (Roma - Flamengo): R$ 49,7 milhões, em 2019