OUTRA VEZ

Bruno Henrique vira réu por estelionato e fraude esportiva em nova reviravolta judicial

Publicado em 05/12/2025 às 07:53
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Atacante do Flamengo passa a responder por estelionato após decisão do TJ-DF que ampliou acusações ligadas a apostas esportivas (Foto/Reprodução)

Bruno Henrique voltou ao centro das atenções jurídicas nesta quinta-feira após uma reviravolta no Tribunal de Justiça do Distrito Federal. O atacante do Flamengo, que já respondia por suspeita de fraude relacionada a apostas esportivas, agora também será processado por estelionato. A ampliação das acusações ocorreu depois que o Ministério Público conseguiu reverter uma decisão anterior que havia rejeitado esse enquadramento.

O caso gira em torno do cartão amarelo recebido pelo jogador em uma partida do Brasileirão de 2023. Segundo as investigações, parentes de Bruno Henrique teriam apostado especificamente na ocorrência da punição — e, com isso, obtido lucros considerados “incompatíveis com a normalidade”. As apostas foram identificadas a partir de uma notificação da International Betting Integrity Association, entidade que monitora irregularidades em plataformas de bet.

Na etapa inicial do processo, a Justiça havia entendido que o estelionato não se aplicaria ao caso porque as casas de apostas não haviam apresentado representação formal, o que é exigido por lei. Porém, no julgamento do recurso, os desembargadores aceitaram o argumento de que a associação internacional poderia representar os interesses das empresas, abrindo caminho para a nova acusação.

Com isso, Bruno Henrique passa a responder simultaneamente por dois crimes: fraude esportiva, cuja pena varia de dois a seis anos, e estelionato, que prevê reclusão de um a cinco anos. Outras pessoas ligadas ao atleta — entre elas parentes próximos — também figuram como rés.

A defesa do atacante sustenta que não houve participação direta do jogador nas apostas e pede o arquivamento da ação. O Tribunal, entretanto, considerou que há elementos suficientes para aprofundar a investigação na fase de instrução.

A situação jurídica do atleta ocorre no momento em que o Supremo Tribunal Federal consolidou entendimento de que provocar cartões para influenciar apostas não altera o resultado de uma partida e, portanto, não se enquadra como manipulação de jogo. Apesar disso, a conduta pode enfrentar consequências tanto criminais quanto na esfera esportiva — onde Bruno Henrique já chegou a cumprir punições, embora tenha revertido parte delas em recurso.

O processo segue agora para novas etapas, incluindo coleta de depoimentos e análise de provas. Não há prazo para o julgamento final, mas o caso se torna um dos mais relevantes do país no debate sobre apostas esportivas e integridade no futebol.

  

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