A reformulação do elenco do Corinthians para a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro, no ano passado, passou pela contratação de nomes poucos conhecidos. Um ano e meio depois, contudo, a saída de alguns deles é lamentada pela torcida, que se preocupa com a debandada das agora estrelas corintianas para o exterior. Os principais jogadores são especulados para deixar o Parque São Jorge. O lateral-esquerdo André Santos, contratado junto ao Figueirense em 2008, em pouco tempo conquistou a confiança do técnico Dunga, sendo convocado para a disputa da Copa das Confederações com a seleção brasileira, e foi negociado por milhões de euros para o Fenerbahce. Para o técnico Mano Menezes, isso pode ser feito novamente, para repor a saída dos principais titulares da equipe. "Parece que o André Santos é inquestionável há cinco anos. Mas ele chegou há uma temporada e meia e teve que mostrar sua capacidade", disse o treinador, que tenta uma nova mescla de reforços. "É preciso buscar alguns nomes indiscutíveis, que dão estabilidade, experiência, segurança, e juntamente com eles colocar alguns jogadores como nós encontramos", acrescentou. Mano admitiu ainda que tem sido necessário frear uma debandada. Com isso, o volante Elias deve continuar no grupo a fim de que o setor não fique ainda mais desfalcado, com a negociação de Cristian para o Fenerbahce. Outra manobra foi a permanência do volante Marcelo Oliveira, que pode ser improvisado na lateral-esquerda e suprir a também transferência de André Santos para a Turquia. "Nós tentamos conduzir para que não haja perdas significativas de jogadores no mesmo setor. E talvez isso tenha aumentado a condição de permanência do Elias, exatamente depois da saída do Cristian. Vamos tentar administrar bem, e acho que vamos conseguir", emendou o comandante, ciente de que a situação dos clubes brasileiros reforça a necessidade de venda dos atletas. Reposições - Segundo o treinador, a maior dificuldade será encontrar um reforço para suprir a ausência de André Santos. "Hoje, lateral-esquerdo é uma carência no futebol brasileiro, muito mais ainda para jogar da forma como jogamos (com dois zagueiros e dois laterais)", destacou Mano.