Lateral-direito Martinera fez um gol irregular e um legal (Foto/Daniel Duarte/AFP)
De um time apático e com dificuldades no primeiro tempo, para um lutador e com boas jogadas no segundo: esse foi o jogo do Cruzeiro neste sábado (23/11), que voltou a uma final de competição internacional após 15 anos. Com gols sofridos no início, o time perdeu para o Racing por 3 a 1 e deu adeus ao sonho de conquistar o título da Copa Sul-Americana de 2024.
Toda a expectativa e esperança celeste que cercavam o confronto foram por 'água abaixo' nos primeiros lances de partida, quando o time brasileiro mal conseguia sair com a bola de seu campo de defesa e viu um gol dos argentinos aos 2 minutos. Ele foi anulado, mas não serviu de aprendizado.
Minutos depois, o Racing abriu 2 a 0, com Martinera e Martínez, abalando a Raposa. Entre o fim da primeira etapa e o início da segunda, a postura do elenco de Diniz mudou, e Kaio Jorge deixou o dele. Até os minutos finais, a equipe brasileira atacou e lutou por, pelo menos, empatar e levar para a prorrogação, mas não conseguiu êxito e viu Cássio levar mais um em contra-ataque.
Escalação e Walace
O treinador celeste, Fernando Diniz, mandou a campo o time que já era tido como titular, colocando Walace ao invés de Lucas Silva. Após erros, ele efetuou essa substituição ainda na primeira etapa.
O jogo
Os minutos iniciais indicavam que, independentemente do resultado, o Cruzeiro passaria por apuros. Sem conseguir jogar direito, logo aos 2 minutos de bola rolando, as redes de Cássio foram balançadas por Martirena, mas o VAR interviu e foi marcado impedimento no lance.
Acontecimento serviria para o time brasileiro acordar, o que não aconteceu. Aos 14, após erro de passe de Walace no meio-campo, o Racing fez boa jogada pela direita e Martirena, novamente, foi o protagonista. Da lateral-direita, ele lançou para a área, mas acabou encobrindo o arqueiro celeste, que aceitou o gol.
Atordoada em campo, a equipe mineira não teve nem tempo de sofrer pelo placar adverso que logo já tomou outro tento. Em contra-ataque pela esquerda, Salas ganhou na corrida de João Marcelo e cruzou; Villalba não conseguiu marcar o adversário e viu o artilheiro Martínez empurrar para o gol.
Depois disso, houve uma ligeira melhora da Raposa no duelo, o que a fez chegar um pouco mais adiante, mas sem grande perigo. Por outro lado, La Academia demonstrava ser melhor, tanto defensivamente quanto ofensivamente.
No segundo tempo, o Cruzeiro conseguiu se manter mais com a bola, e não demorou muito para a equipe 'colocar fogo' no jogo. Após boa troca de passes no meio, Matheus Henrique fez excelente jogada, partiu para a esquerda e cruzou para Kaio Jorge; ele cabeceou a bola, defendida pelo goleiro, mas o 9 deixou o dele no rebote, trazendo o clube brasileiro novamente para a disputa.
Após isso, a partida ficou mais disputada, com ambos os times criando e preocupados em se defender. O elenco estrelado conseguiu criar boas jogadas, trabalhadas, mas os adversários foram eficazes na defesa e, no fim, no ataque. Com os celestes atirados à frente, Roger Martínez partiu em velocidade e bateu forte para o gol de Cássio, que não conseguiu defender.
Ficha técnica
O quê: Racing 3 x 1 Cruzeiro
Motivo: final da Copa Sul-Americana
Quando: sábado, 23 de novembro de 2024, às 17h (de Brasília)
Onde: estádio La Nueva Olla, em Assunção-PAR
Racing: Gabriel Arias; Marco Di Cesare, Santiago Sosa e García Basso; Gastón Martirena, Juan Ignacio Nardoni, Agustín Almendra (Bruno Zuculini), Juan Fernando Quintero (Santiago Solari) e Gabriel Rojas; Maximiliano Salas e Adrián Martínez (Roger Martínez).
Técnico: Gustavo Costas
Cruzeiro: Cássio; William, João Marcelo, Lucas Villalba e Marlon (Kaique Kenji); Walace (Lucas Silva), Lucas Romero (Lautaro Díaz), Matheus Henrique e Matheus Pereira; Gabriel Veron (Álvaro Barreal) e Kaio Jorge. Técnico: Fernando Diniz
Arbitragem: Esteban Ostojich (URU); Nicolas Tarán (URU) e Carlos Barreiro (URU). VAR: Leodan González (URU)
Gols: Martinera, aos 14' do 1ºT; A. Martínez, aos 19' do 1ºT; R. Martínez, aos 49' do 2ºT (RAC); Kaio, aos 7' do 2ºT (CRU)
Cartões amarelos: Basso, Nardoni e Di Cesare (RAC); Romero Lucas Silva e Pereira (CRU)