Filho de árbitro, Douglas da Silva Petres teve início precoce na carreira. Já aos 14 anos, o sucessor de Euclides da Silva Petres tinha plena convicção dos rumos que queria seguir. Na época, ele trabalhou como representante para a Liga Uberabense de Futebol, uma vez que não podia integrar a comissão de arbitragem por não ter a idade mínima exigida pela LUF. Quando atingiu os 18 anos, Petres passou a exercer a função de árbitro assistente e viu seu trabalho ser reconhecido. Dos quatro anos em que atuou como o 4º árbitro, em três deles recebeu o Certificado como Melhor Árbitro Assistente. A arbitragem central veio em 2001, depois de tomados todos os procedimentos na Federação Mineira de Futebol. No mesmo ano, destacou-se como árbitro revelação. Aos 34 anos, Douglas é um dos árbitros mais premiados de Uberaba. Ao todo, soma cinco indicações ao Título de Melhor Árbitro, oferecido anualmente pela LUF. Tais conquistas são atribuídas por ele à constante preocupação com o futebol local. “O meu objetivo é trabalhar em prol do futebol da cidade e, em função disso, tenho me dedicado ao máximo. Procuro sempre a perfeição numa partida. Não penso em ser o melhor, mas procuro a valorização do meu trabalho. Estamos vivendo um péssimo momento na arbitragem nacional”, comenta. O uberabense relembra a partida amistosa realizada no Uberabão, entre Uberaba x Santos. O campeão brasileiro de 2004 veio à cidade com todas as estrelas que ajudaram o Peixe na conquista do Título Nacional, como a dupla Diego e Robinho. “Foi o jogo mais importante da minha carreira até aqui. Trabalhei como árbitro assistente, mas valeu a pena”. Quando lhe foi pedido que citasse um exemplo de partida difícil, Douglas não quis admitir que os jogos envolvendo o Colorado são sempre os mais duros. Deixou escapar, porém, que é submetido a questionamentos em cima das atuações nessas partidas. “Por ser um árbitro local, as pessoas acham que vou favorecer o Uberaba Sport Club. Houve um jogo aqui, no Uberabão, com o Brasiliense, que foi muito tenso. O USC perdia por 1x0 até os 44 minutos do 2º tempo, quando apitei um pênalti para a equipe da casa. A partida terminou empatada em 1x1. Quando isso acontece, acaba gerando comentários sobre uma coisa ou outra, mas sei que faço o melhor que posso”. Quanto à homenagem realizada pelo Grupo JM de Comunicação, Petres reafirma o compromisso que tem com o futebol e, sobretudo, com a arbitragem. “Agradeço à Rádio JM e ao Jornal da Manhã por esta homenagem. Não tenho a pretensão de ser o melhor todos os anos, mas, no que depender de mim, o meu trabalho será sempre sério, principalmente agora, depois deste troféu”.