Dudu nega ofensa à presidente, questiona suposto prejuízo de R$ 22 milhões e cobra indenização de R$ 500 mil (Foto/Cesar Greco/Palmeiras)
Dudu, atacante do Cruzeiro, decidiu ampliar sua defesa no processo movido pela presidente do Palmeiras, Leila Pereira, e solicitou que a Justiça de São Paulo realize uma série de perícias. O objetivo é verificar se a sigla “VTNC”, usada por ele em uma publicação nas redes sociais, pode ser considerada realmente uma ofensa dirigida à dirigente.
Na ação, Leila alega que a abreviação corresponde a um xingamento e cobra do jogador uma indenização de R$ 500 mil por danos morais. O atleta, em contrapartida, entrou com pedido semelhante, também exigindo o pagamento de R$ 500 mil e ainda uma retratação pública da mandatária.
Entre as medidas pedidas por Dudu, está a análise de especialistas para identificar se houve de fato o registro literal da expressão “vai tomar no c…” ou se a abreviação poderia ter outro significado. A defesa do atacante alega, inclusive, que a sigla pode ser interpretada de diferentes formas, como “Vim Trabalhar No Cruzeiro”, tentando descaracterizar a intenção ofensiva.
O jogador também quer uma perícia para avaliar o impacto das falas de Leila Pereira em sua reputação. Segundo ele, as declarações da presidente alviverde foram negativas, atingiram sua imagem pública e causaram danos à sua honra.
Outro ponto de discussão envolve o suposto prejuízo de R$ 22 milhões ao Palmeiras, valor que Leila atribui à não concretização da transferência de Dudu para o Cruzeiro. O atleta contesta e pede perícia para provar que não houve esse dano financeiro.
Na petição, sua defesa argumenta que ele abriu mão de direitos significativos, como o saldo da multa do FGTS, que ultrapassaria R$ 25 milhões, além de benefícios que o clube teve com sua permanência, como receitas de premiação, bilheteria e contratos de patrocínio.
Dudu solicita ainda que Leila preste depoimento pessoal em audiência, a fim de esclarecer publicamente suas declarações e, segundo a defesa, reconhecer condutas que teriam contribuído para desconstruir sua imagem.
O atacante anexou ao processo um depoimento prestado pela presidente ao STJD, que, em sua visão, contém afirmações ofensivas, sem embasamento, e que reforçaram a repercussão negativa em torno de seu nome.
Enquanto o jogador busca provar que foi vítima de ataques públicos e pede reparação financeira e moral, Leila mantém o pedido para que ele seja condenado a pagar R$ 500 mil. A dirigente afirmou que, caso receba a indenização, o valor será destinado a uma instituição de apoio a mulheres em situação de vulnerabilidade.
A disputa judicial, portanto, segue em curso, colocando frente a frente duas das figuras mais emblemáticas da história recente do Palmeiras e prometendo novos capítulos dentro e fora dos tribunais.