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Flamengo encerra o primeiro semestre de 2024 com déficit financeiro de R$ 79,5 milhões

Agência Estado
Publicado em 14/08/2024 às 08:13
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As contratações de Léo Ortiz (Foto), Matias Viña e Nicolas de La Cruz foram pagas à vista (Foto/Rede Social X/Paparazzo Rubro-negro)

O Flamengo publicou o demonstrativo financeiro do segundo trimestre de 2024, fechando as contas referentes à primeira metade do ano. O resultado é um déficit de R$ 79,5 milhões, número considerado melhor que as expectativas. A previsão é não só de que isso será revertido, mas que o clube terminará o ano no azul.

É comum que o primeiro semestre registre menos entradas de receitas em relação aos gastos, conforme o relatório de transparência do clube. O principal motivo é que valores referentes a premiações do futebol começam a somar ao caixa apenas no final deste período.

Na comparação com o fechamento do primeiro semestre de 2023, chama atenção que o clube havia registrado superávit de R$ 41,5 milhões no mesmo período do ano passado. Muito disso, porém, aconteceu por causa da venda de João Gomes ao Wolverhampton e uma janela mais contida por parte do Flamengo no começo de 2023

O cenário de superávit é apontado como previsão para o fim do ano, segundo o relatório de transparência. O déficit atual é ainda melhor do que as expectativas, por razão de maiores receitas em patrocínios, publicidade e licenciamentos.

Entre uma das mudanças que refletiu no caixa flamenguista está a venda dos direitos de transmissão com a TV Globo, por meio de negociação da Libra. O acordo tem validade de cinco anos, entre 2025 e 2029.

Outra renegociação valiosa foi com a casa de apostas Pixbet. Em maio, o Flamengo anunciou que fechou um novo contrato por R$ 470 milhões até 2027. A negociação tornou este o maior patrocínio da história do clube e colocou a camisa flamenguista no patamar de uma das mais caras do Brasil. Na época, o Corinthians detinha o posto, com acordo junto à Vai de Bet por R$ 360 milhões, pagos em três temporadas.

Com transferências, o clube gastou R$ 191,7 milhões na primeira metade do ano. O relatório do demonstrativo faz ressalvas de que as contratações de Léo Ortiz, Matias Viña e Nicolas de La Cruz foram pagas à vista e adquirindo 100% dos direitos econômicos dos atletas. Somados esses gastos a valores referente a pagamento de negócios mais antigos, foi pago um montante de R$ 213,8 milhões.

A negociação sobre a concessão de longo prazo do Maracanã e a compra do terreno do Gasômetro para o estádio próprio do Flamengo são questões que ainda não incidiram nos números do clube. Recentemente, o conselho deliberativo do Flamengo aprovou a compra do local pretendido para sediar a nova casa flamenguista.

O Gasômetro, terreno da Caixa Econômica Federal localizado na zona portuária do Rio, foi desapropriado pela prefeitura, em intervenção às negociações do Flamengo com o banco, que estavam travadas. O edital de licitação apontou lance mínimo de R$ 138,2 milhões, valor a ser pago pelo Flamengo.

O caixa do clube fechou o primeiro semestre com R$ 209,4 milhões, entre dinheiro em conta e aplicações em renda fixa. Na comparação com o mesmo período do ano passado, há uma melhora em R$ 74 milhões. Este é um dos fatores apontados pelo clube como garantia de que não haverá endividamento financeiro.

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