Gianni Fantino disse que vai pressionar para que o racismo seja crime em todos os países (Foto/Leonhard Foeger/FIFA)
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, se manifestou sobre a condenação de três torcedores do Valencia por atos racistas contra Vinícius Júnior, por oito meses, divulgada nesta segunda-feira. "Estou satisfeito por ver a ação firme e a sentença adotadas pelas autoridades espanholas em relação aos abusos racistas contra Vinicius", disse Infantino.
O dirigente também lembrou a mensagem do futebol contra o racismo no mundo. "Como reiterei claramente no congresso da Fifa, não podemos mais aceitar o que acontece nos estádios. A nossa mensagem para as pessoas em qualquer parte do mundo que ainda se comportam de forma racista quando se trata de futebol é clara: 'Não queremos vocês aqui'", afirmou Infantino. "Essas pessoas devem ser excluídas e não fazem parte do nosso futebol ou da comunidade futebolística."
Infantino reiterou a importância da decisão judicial. "Vamos pressionar para que o racismo seja reconhecido como crime em todos os países e, como foi visto em Espanha, quando ocorre um crime, vamos pressionar para que seja tratado com a severidade que merece."
A organização Human Rights Watch também celebrou a pena de oito meses de prisão, instando as autoridades espanholas a promoverem estratégias de combate ao racismo sistemático. "O racismo não tem lugar no esporte", afirma a organização, que publicou um vídeo em que Vini Jr., com lágrimas nos olhos, destaca que Espanha "não é um país racista", mas que "há muito racista" no país.
Na sua mensagem, a entidade insta o governo espanhol a promover uma estratégia que proteja as minorias raciais e étnicas da discriminação, da violência racista e das desigualdades.