RIVALIDADE PURA

Leila Pereira diz que Abel Ferreira é alvo de inveja e cobra: 'Quero desculpas públicas'

Agência Estado/Mirela Joels
Publicado em 07/03/2024 às 07:47
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Para Leila Pereira, o episódio reflete uma rivalidade que deveria existir apenas dentro de campo (Foto/Instagram Leila Pereira)

Após o caso de xenofobia sofrido por Abel Ferreira no Choque-Rei de domingo, a presidente do Palmeiras se manifestou pela primeira vez sobre a situação. Em entrevista ao "GE.com", Leila Pereira criticou duramente o comportamento de Carlos Belmonte, diretor de futebol do São Paulo. Na segunda-feira, o alviverde informou que estuda medidas legais contra o diretor do São Paulo.

O caso aconteceu durante o clássico no MorumBis, logo após o alviverde empatar em 1 a 1 com o tricolor. Vídeos mostram Belmonte confrontando o árbitro Matheus Delgado Candançan e xingando o técnico Abel Ferreira. Quem também alfinetou o técnico do Palmeiras foi o presidente do São Paulo, Julio Casares, que comentou amargamente sobre Ferreira apitar os jogos da Paulista.

Em sua fala, Leila definiu o vídeo como "horrível" e disse que Casares deve procurá-la para pedir "desculpas públicas" e que se comprometa de que isso não vai se repetir. Quanto ao dirigente do São Paulo, ela cobra que as autoridades o punam como forma de evitar que um comportamento semelhante se repita. "Vou conversar com meus advogados que eu gostaria até que ele não fosse mais no Allianz. É uma persona non grata nos nossos ambientes", enfatizou.

Para a presidente, o episódio reflete uma rivalidade que deveria existir apenas dentro de campo. Ela acredita que o xingamento e a manifestação xenófoba é fruto de um sentimento de "inveja do trabalho ímpar de Abel no Brasil". Leila ainda ressaltou que futebol é entretenimento e uma atividade familiar, por isso é preciso evitar "ataque histérico" como o que o São Paulo fez.

Em resposta, endereçada ao GE, o presidente do São Paulo se posicionou em nota, negando que Belmonte seja xanófobo. "Carlos Belmonte não é xenófobo. Conversei com ele sobre o assunto, e ele me explicou que, de cabeça quente após os erros de arbitragem na partida, usou a nacionalidade do treinador como forma de identificação, e não qualificação. E, ele destacou que naquele momento, o próprio treinador não estava no local", disse o mandatário.

Casares ainda alfinetou Abel novamente. "Repudio quem maltrata jornalista retirando seu instrumento de trabalho das mãos, quem chuta microfone, quem peita jogador do time adversário mesmo não sendo atleta". Ele também reforçou que sempre recebeu bem a Leila, mas não pode dizer o mesmo do São Paulo no Allianz. "Já tivemos diversos incidentes com nossos profissionais por lá. Não podemos viver como dirigentes do passado, mas não podemos deixar de ter o amor por nosso time do coração".

CLÁSSICO ENTRE SÃO PAULO E PALMEIRAS TEVE OUTRAS POLÊMICAS

Além da fala xenófoba, o jogo de domingo teve polêmicas envolvendo a arbitragem e os jogadores. Um deles foi o pênalti que originou o empate entre Palmeiras e São Paulo. O lance foi tão discutido que até a Federação Paulista de Futebol divulgou o áudio com as constatações e decisão do VAR.

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