Para Guardiola, o desafio frente ao Fluminense é a busca pelo tetracampeonato mundial (Foto/Phil Noble)
Fluminense e Manchester City vão decidir, às 15 horas de sexta-feira, qual dos dois será campeão inédito do Mundial de Clubes. Após o time brasileiro garantir vaga na final ao bater o Al-Ahly por 2 a 0, na segunda, a equipe comandada por Pep Guardiola alcançou a classificação para a decisão com uma vitória por 3 a 0 sobre o Urawa Reds, do Japão, em duelo disputado nesta terça, no Estádio King Abdullah, em Jeddah, na Arábia Saudita.
Para Guardiola, o desafio frente aos tricolores de Fernando Diniz representará a busca pelo tetracampeonato mundial e pelo fim de um período de 10 anos sem levantar a taça da competição. A última conquista foi em 2013, com o Bayern de Munique. Antes disso, foi campeão duas vezes com o Barcelona, em 2009 e 2011. O City está disputando o torneio de clubes da Fifa pela primeira vez, depois de vencer sua primeira Liga dos Campeões, assim como o Fluminense fez com a Libertadores.
Pouco antes do início da partida desta terça, o sistema de inscrições da Fifa publicou três trocas na lista do City. Lesionados, De Bruyne, Haaland e Doku até viajaram para a Arábia Saudita, mas não se recuperaram a tempo de disputar o Mundial e foram substituídos pelo zagueiro Max Alleyne, de 18 anos, o meio-campista Micah Hamilton, de 20, e o volante Mahamadou Susoho, também de 18.
As presenças de De Bruyne e Doku no torneio eram menos prováveis, já que eles se recuperam de lesões musculares. Existia, contudo, alguma expectativa em torno da participação de Haaland. Desfalque desde o dia 6 de dezembro, o fenômeno norueguês vem sofrendo com um estresse ósseo no pé. Restou a ele ficar no banco de reservas do King Abdullah, assim como de Bruyne e Doku.
Sem seu principal artilheiro, Guardiola tinha a opção de escalar o argentino Julián Álvarez como referência no ataque, mas preferiu jogar sem centroavante. A formação foi confrontada por um Urawa Reds completamente dedicado a se defender, com a maioria de seus jogadores focados em proteger a área. Assim, foi difícil para o time inglês invadir, tanto que a maioria das finalizações foram arremates de longe.
A melhor chance criada dentro da área veio aos 30 minutos, no momento em que Matheus Nunes se livrou do marcador, pela direita, e bateu para o goleiro Nishikawa fazer uma ótima defesa Pouco depois, Foden também exigiu boa intervenção do goleiro japonês, que só foi superado pelo zagueiro Hoibraaten, de seu próprio time, responsável por um gol contra após tentar interceptar um cruzamento de Nunes e colocar a bola na rede do Urawa.
No segundo tempo, o City não teve de esperar tanto tempo para balançar a rede e logo começou a construir o placar mais elástico que se esperava desde o início. Com apenas seis minutos de bola rolando, Kovacic recebeu ótima enfiada de Walker e tocou na saída do goleiro para marcar o segundo gol britânico.
Daí para o terceiro gol, passaram-se pouco mais de seis minutos. O autor foi Bernardo Silva que bateu após rebote e contou com um desvio para vencer Nishikawa. Depois disso, era como se a partida já tivesse acabado, pois em nenhum momento o Urawa esboçou a reação, nem mesmo com o apoio incondicional demonstrado por sua inabalável torcida, que deu um show à parte e cantou o tempo inteiro.