Marcinho terá de prestar serviços sociais a entidades definidas pela Vara de Execuções Penais. (Foto/YouTube/Montagem)
O recém-contratado lateral do América-MG, Márcio Almeida de Oliveira, conhecido como Marcinho, foi condenado a três anos e seis meses de prisão a ser cumprido em regime aberto. Ele também teve suspensa a habilitação pelo atropelamento que matou os professores Maria Cristina José Soares e Alexandre Silva de Lima em 2020.
A condenação determinada pelo juiz Rudi Baldi Loewenkron, da 34ª Vara Criminal, considerou o crime como culposo e inferior à pena de quatro anos. A pena privativa de liberdade foi substituída por duas penas restritivas nas quais o jogador terá de prestar serviços sociais a entidades definidas pela Vara de Execuções Penais.
O atropelamento, que ocorreu na noite do dia 30 de dezembro de 2020, na Avenida Lúcio Costa, Zona Oeste do Rio de Janeiro, levou Alexandre Silva de Lima à morte ainda no local. Maria Cristian José Soares chegou a ser levada ao hospital, mas não sobreviveu aos ferimentos e veio a óbito dias depois.
O casal atravessava a via quando foi atingido. Segundo a denúncia do Ministério Público, minutos antes do atropelamento, Marcinho guiava o seu veículo, um Mini Cooper, em zigue-zague, na pista sentido Barra da Tijuca, numa velocidade compreendida entre 86km e 110km/h. A velocidade máxima permitida na via é de 70 km/h. Peritos também atestaram a ingestão de álcool no atleta
"Conforme a denúncia, no dia do acidente, entre 11h e 11h30, Marcinho esteve no restaurante Rei do Bacalhau, no bairro do Encantado, na Zona Norte, onde consumiu bebida alcoólica, ingerindo, ao menos, cinco tulipas de chopp", diz o comunicado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro sobre a condenação.
A perícia também concluiu que o casal atravessou em local impróprio, ou seja, fora da faixa de pedestre que estava há 88m do local da colisão, e esta foi considerada uma das causas do atropelamento, além da velocidade do motorista.
Imagens obtidas pela TV Globo flagraram o jogador estacionando o carro próximo ao local do acidente e indo até a casa de um amigo, sem prestar socorro às vítimas. Em 2021, o lateral chegou a um acordo para pagar R$ 200 mil aos quatro netos (R$ 50 mil para cada) como indenização pelo acidente.
Marcinho era lateral do Botafogo na época do acidente, mas não ficou para a temporada 2022. Chegou a jogar pelo Athletico-PR, Bahia e antes de ser anunciado no América-MG, foi anunciado como reforço do Pafos FC, do Chipre, no entanto, o juiz Loewenkron, negou que o jogador saísse do País.