ASSASSINATO

MP decidirá nesta segunda (4) se tomará medida contra torcidas do Galo e Cruzeiro

O Tempo/Cynthia Castro
Publicado em 04/03/2024 às 07:56Atualizado em 04/03/2024 às 07:59
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Órgão aguarda acesso ao BO da PM para avaliar o caso; cruzeirense morreu depois de levar tiro em confronto com atleticanos (Foto/Redes Sociais)

Órgão aguarda acesso ao BO da PM para avaliar o caso; cruzeirense morreu depois de levar tiro em confronto com atleticanos (Foto/Redes Sociais)

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) aguarda o relatório da Polícia Militar do Estado sobre a briga entre torcedores do Atlético e do Cruzeiro, na tarde do último sábado (2), quando o cruzeirense Lucas Elias Vieira Silva, 28, foi assassinado, para decidir se tomará alguma medida em relação às torcidas dos clubes.

Lucas Elias levou um tiro no tórax, durante o confronto que também deixou outras três pessoas feridas. A confusão foi na região do Barreiro, próximo a um cruzamento entre as avenidas Tito Fulgêncio e Tereza Cristina. 

Conforme o Ministério Público estadual, "sem o relatório da Polícia Militar, para checar o que foi registrado, não é prudente qualquer manifestação do MPMG sobre a briga de torcidas" que matou o jovem. De qualquer forma, o Ministério Público informou a O TEMPO que "amanhã (segunda, 4 de março) sairá a decisão do MP quanto às torcidas, logo após o recebimento do Reds da PMMG".

O Reds é o Registro de Eventos de Defesa Social, que permite o registro dos boletins de ocorrência dos órgãos de defesa social do Estado de Minas Gerais. Qualquer pronunciamento oficial do Ministério Público de Minas Gerais só será feito depois que o órgão apurar o conteúdo do Reds.

Lucas Elias era motoboy e conhecido como Lucas Bidu. Ele havia completado 28 anos no dia 16 de fevereiro. Logo após ser baleado, chegou a ser socorrido com vida pela PM, mas morreu enquanto passava por uma cirurgia no Hospital Santa Rita, no  bairro Jardim Industrial, em Contagem. No hospital, a reportagem de O Tempo conversou com dois amigos de Lucas.

Eles contaram que o jovem era sócio torcedor do Cruzeiro, mas não integrava nenhuma torcida organizada. “Ele apenas estava descendo para o jogo. Não fazia parte de organizada. Era trabalhador, honesto e super tranquilo. Ele tinha uma filha de 2 anos e era o menino mais tranquilo do mundo. O negócio dele era trabalhar. Não usava drogas e não tinha passagem pela polícia”, contou um amigo. 

O confronto teria começado por volta das 14h, enquanto os torcedores se deslocavam para os jogos distintos, do Atlético e do Cruzeiro. Os dois, válidos pelo Campeonato Mineiro, no sábado. Enquanto o Galo receberia o Ipatinga, na Arena MRV, no bairro Califórnia; a Raposa enfrentaria o Uberlândia, no Mineirão, na região da Pampulha.

Durante a briga, a Polícia Militar identificou a participação de Marcos Vinícius Oliveira de Melo, conhecido como Vinicin. Ele é ex-diretor da Galoucura, principal torcida organizada do Atlético, e tem histórico de violência contra cruzeirenses. 

 Fonte: O Tempo

  

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