PARIS 2024

Olimpíada: Taiwanesa vítima de polêmica de gênero vai à final do boxe e rival protesta

Lin Yu Ting venceu a turca Esra Yildiz Kahraman e vai disputar o ouro no boxe feminino até 57kg

O Tempo
Publicado em 08/08/2024 às 10:21
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Lin Yu Ting venceu a turca Esra Yildiz Kahraman e se classificou para a final no boxe feminino até 57kg (Foto/AFP or licensors)

A taiwanesa Lin Yu Ting, vítima de polêmica de gênero recentemente, venceu a turca Esra Yildiz Kahraman, nesta quarta-feira (7), e garantiu vaga na final do boxe feminino até 57kg nas Olimpíadas de Paris-2024. Lin Yu Ting venceu por decisão unânime dos juízes. Ela levou a melhor em todos os três rounds na decisão dos juízes.

Esra Yildiz protestou após a derrota. A atleta turca fez um "X" com os dedos, indicando que tem os cromossomos "XX". O gesto fez referência à reprovação de Lin Yu Ting em um "teste de gênero" da Associação Internacional de Boxe (IBA, sigla em inglês) no ano passado, que teria indicado que a taiwanesa teria cromossomos "XY", combinação típica do sexo masculino.

Lin Yu Ting vai enfrentar a polonesa Julia Szeremeta na final. Elas farão a luta no próximo sábado (10), às 16h30 (de Brasília).

Entenda a polêmica

Assim como Lin Yu Ting, a argelina Imane Khelif também foi reprovada no "teste de gênero" da IBA antes do Mundial de Boxe em 2023. Apesar de reprovar as atletas, a organização não mostrou provas da presença dos cromossomos XY. As duas atletas não puderam participar da competição.

Imane Khelif também está na final do boxe feminino nas Olimpíadas. Ela vai encarar Liu Yang, da China, na decisão da categoria até 66kg, na próxima sexta-feira (9), às 17h51 (de Brasília).

O Comitê Olímpico Internacional (COI) diz que a IBA não é mais um órgão reconhecido como competente pelo comitê desde 2023. Um documento oficial cita que a organização de boxe apresentou falhas recorrentes relacionadas à integridade e transparência da associação, que foi acusada de manipulação de resultados e corrupção.

Não há qualquer confirmação que Lin Yu Ting e Imane Khelif não sejam mulheres cisgênero.

Fonte: O Tempo

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