ESPORTE

Os 10 Mais do Esporte 2009 – JM - GRAZIELLE PEDROSO, ATLETISMO

Publicado em 18/12/2009 às 23:26Atualizado em 20/12/2022 às 08:57
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É comum no esporte algumas pessoas precisarem muito mais da superação do que do próprio dom ou da habilidade, dentro das suas respectivas modalidades. Atleta por determinação, garra e talento, Grazielle Pedroso é uma dessas pessoas. Desde a primeira corrida na escola onde estudou, motivada pelo pai, Osmar Pedroso, Grazielle descobriu que precisava ter muito mais que o primeiro lugar. Era preciso coragem para não desanimar diante dos obstáculos e ser forte para não se abater quando suas condições financeiras não lhe permitissem disputar uma corrida importante, por serem insuficientes.   Aos 24 anos, Grazielle sonha participar das Olimpíadas de 2016, no Brasil. "Seria um presente entrar no estádio com a bandeira do Brasil e brigar por uma das três medalhas". Para isso, a atleta treina diariamente em dois turnos, matutino e vespertino, auxiliada pelo técnico e amigo José Roberto do Carmo (Cebola).   A prova mais importante da sua carreira foi a 25ª Maratona Internacional de Porto Alegre, realizada em 2008. "Foi uma prova incrível. Os nomes dos competidores são escritos juntamente com a numeração do atleta e, quando estava em sexto lugar, comecei a ouvir as pessoas gritarem o meu nome. Isso me incentivou muito. Consegui ultrapassar e fechar a prova como quinta colocada". O resultado colocou Grazielle em primeiro lugar na categoria de 20 a 24 anos, naquele ano, no Brasil. Em 2009, ela ficou em segundo lugar. Nos planos da atleta para 2010 está a Maratona do Rio, que acontece em 18 de julho. Entretanto, Grazielle terá que contar com a sorte para conseguir o patrocínio que a leve para os desafios do próximo ano.   Questionada se algum dia, diante dos empecilhos, pensou em desistir de correr, a jovem é enfática. "Não houve este momento. A gente acaba ficando forte. Já aconteceu de algumas pessoas prometerem ajudar com as despesas da viagem de uma determinada corrida e, depois de eu treinar meses para participar, negarem a ajuda em cima da hora. Mas isso mais me fortalece do que desanima. Desistir nunca passou pela minha cabeça." Na casa simples, onde mora com a família - o pai, a mãe, a irmã, o cunhado e a sobrinha de três anos -, Grazielle demonstra ter consciência de todos os impedimentos e, ao mesmo tempo, coragem para passar por todos eles e sair vitoriosa. "Vou persistir no meu sonho olímpico. Sei que preciso ter ritmo de competição e que não poderei participar de algumas provas que me dariam mais experiência e ajudariam a melhorar o meu tempo, mas são os quarenta quilômetros da minha vida. Não vou deixar de sonhar. São os sonhos que me motivam".   O reconhecimento como melhor atleta de 2009, oferecido pelo Grupo JM, chega num momento crucial. Grazielle não esperava que ele viria. "Estou acostumada a levar muita pancada. Recebo mais cobranças do que aplausos. De repente, um meio de comunicação sério está disposto a aplaudir a gente e mostrar o nosso trabalho. Só posso agradecer e ficar feliz. Muitas vezes me sinto sozinha, como num treino que realizo sem ninguém ou nas viagens em que não posso levar outra pessoa que me passe confiança. Receber o troféu é como um amparo. Mostra que há sempre alguém, mesmo que longe, torcendo por mim".  

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