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Palmeiras responde nota da CBF sobre falas de João Martins e questiona arbitragem

Gazeta Esportiva
Publicado em 04/07/2023 às 08:02
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A presidente Leila Pereira esteve na sede da CBF e ouviu a promessa de melhorias imediatas na arbitragem (Foto/Reprodução Instagram)

Depois da CBF emitir uma nota nesta segunda-feira repudiando as falas do auxiliar João Martins após o empate contra o Athletico-PR, o Palmeiras resolveu se posicionar sobre o caso. Em um comunicado, o clube fez alguns questionamentos à entidade sobre erros de arbitragem.

O Verdão rebateu às falas da instituição sobre o seu profissional e alegou que não houve inconformidades sobre as opiniões de João Martins. A equipe também contestou que a conduta do auxiliar tenha sido xenofóbica.

Além disso, o Palmeiras também relembrou de alguns lances em que foi prejudicado por possíveis erros de arbitragem. Além da cotovelada de Zé Ivaldo em Endrick no último domingo, também foi citado um lance contra o Bahia, em um chute de Artur que a bola pode ter passado pela linha.  Outro lance citado foi o impedimento não marcado de Calleri no clássico contra o São Paulo em 2022, pela Copa do Brasil.

As falas de João Martins ocorreram após o empate do Verdão em 2 a 2 com o Athletico-PR, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. O árbitro da partida expulsou Gustavo Garcia após bola na mão na área do Palmeiras, que gerou o início da recuperação do Athletico.

O comunicado da CBF condenou a firmação do auxiliar técnico de Abel Ferreira, afirmando que suas críticas sobre os lances não correspondem à realidade. A entidade também reiterou a transparência de sua comissão da arbitragem sobre e informou que reconhece eventuais erros.

CONFIRA A NOTA COMPLETA DO PALMEIRAS NA ÍNTEGRA:

Diante da agressiva nota oficial divulgada nesta segunda-feira (3) pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a Sociedade Esportiva Palmeiras propõe alguns questionamentos, sempre no sentido de defender os direitos do clube e contribuir com a melhora do produto futebol:

– Por que o comunicado da CBF é endereçado exclusivamente ao Palmeiras, sendo que profissionais de outra equipe da Série A fizeram, também ontem, comentários semelhantes aos do auxiliar técnico João Martins?

– Por que a opinião de um profissional português sobre o futebol brasileiro causou tanto desconforto à CBF se a própria entidade, como é de conhecimento público, busca um treinador estrangeiro para comandar a Seleção Brasileira?

– Qual teria sido a conduta “xenofóbica” de João Martins? Elogiar a qualidade dos jogadores brasileiros?

– Se a gestão da Comissão de Arbitragem investe tanto assim em tecnologia, por que o nosso VAR é incapaz de apontar objetivamente se uma bola ultrapassou ou não a linha de gol, como aconteceu no recente duelo entre Palmeiras e Bahia, pelo Brasileiro?

– Por que o atleta Zé Ivaldo, do Athletico-PR, não foi expulso ontem, após acertar uma cotovelada na nuca do atacante Endrick, em lance revisado pelo VAR?

– Por que no jogo entre Palmeiras e São Paulo, pela Copa do Brasil de 2022, o VAR não traçou a linha de impedimento no lance que originou o gol do nosso adversário e que nos custou a eliminação? Por que a imagem da revisão desta jogada sumiu?

– Por que a Comissão de Arbitragem da CBF, presidida por Wilson Seneme, nunca pediu desculpas ao Palmeiras pelo erro grave cometido pelo VAR na Copa do Brasil do ano passado?

– Por que o Palmeiras, na rodada seguinte após a mais recente Data Fifa, não pôde contar com nenhum de seus três atletas convocados para a Seleção Brasileira?

A Sociedade Esportiva Palmeiras, ao longo dos anos, sempre se preocupou em construir uma relação de saudável parceria com a Confederação Brasileira de Futebol. Há cerca de três semanas, a presidente Leila Pereira esteve na sede da entidade, no Rio de Janeiro (RJ), para conversar com Wilson Seneme, de quem ouviu a promessa de melhorias imediatas na arbitragem.

Na semana seguinte, o vice-presidente da Comissão de Arbitragem, Emerson Carvalho, e o gerente técnico do VAR, Periclés Bassols, chegaram a realizar uma palestra para os profissionais do clube na Academia de Futebol, também com a presença da presidente Leila Pereira.

Contudo, diante da nota oficial divulgada pela CBF e dos reiterados erros graves cometidos contra o Palmeiras, entendemos ser este o momento oportuno de demonstrar, em público, a nossa indignação. Não queremos ser beneficiados, mas exigimos que as regras sejam aplicadas com isonomia.

Confiamos na independência do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), evocado pela CBF, e temos convicção de que o órgão dará ao auxiliar João Martins o tratamento equilibrado que lhe compete.

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