Poliana Sousa faturou o segundo e terceiro lugares nas modalidades de lançamento de dardo e de disco, respectivamente. As conquistas vêm após uma competição acirrada e da convocação surpresa para uma das modalidades. (Foto/Divulgação)
Com duas medalhas da paratleta uberabense Poliana Sousa, o Brasil obteve desempenho marcante nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago, no Chile. Foram 343 medalhas conquistadas, o que representa o melhor desempenho de todos os tempos na competição.
Poliana Sousa faturou o segundo e terceiro lugares nas modalidades de lançamento de dardo e de disco, respectivamente. As conquistas vêm após uma competição acirrada e da convocação surpresa para uma das modalidades.
“Foi uma competição é bem acirrada. A gente até não esperava trazer duas medalhas. A gente queria subir ao pódio para conquistar uma medalha na minha prova, que eu fui convocada, que foi o lançamento de dardo. Porém, como surpresa, a gente ainda conseguiu conquistar o bronze no lançamento de disco. As nossas expectativas foram mais do que superadas lá em Santiago”, pontua a atleta.
Ao JM a atleta conta que, antes da convocação, não pensava mais em participar do Parapan devido a problemas pessoais e de saúde. Entretanto, quando foi convocada, recebeu apoio da família, principalmente do marido, que a acompanhou durante a viagem. Por isso, as vitórias tiveram um gosto ainda mais especial.
“Nessa competição tive uma presença maior, que foi o meu esposo, ele me acompanhou, assistiu as provas, por ser perto, a gente conseguiu com que ele pudesse estar prestigiando as minhas provas, então foi muito legal”, conta.
Apesar das boas marcas, Poliana ainda não tem a confirmação de sua participação nas Paraolimpíadas Paris 2024. No entanto, este é seu foco agora, o que envolve muito treino por parte da paratleta que teve a oportunidade de participar dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, no Japão, em 2024, ao lado de Ercileide Silva e José Carlos Chagas.
“Estamos trabalhando, o foco é Paris 2024. A gente tem outras competições no início do ano para poder estar tentando a convocação. Mas não depende da gente, entre termos. Porque a gente precisa participar das competições para obter os índices e assim ser convocado”, explica Poliana.
A paratleta ainda conta que sem a colaboração dos apoiadores, nada disso seria possível. “Graças ao governo federal, através da bolsa atleta, a gente consegue se manter, também o pessoal da Adefu (Associação dos Deficientes Físicos de Uberaba), que é a minha segunda casa, sem o espaço que tem ali na instituição, nada disso poderia ser possível, eles ali dão a maior força para nós. Ao meu treinador, e à Secretaria de Desenvolvimento de Minas Gerais, além da Unimed”, finaliza.
Ao todo, a equipe brasileira garantiu 343 medalhas no total, com 156 ouros, 98 pratas e 89 bronzes. A campanha na capital chilena superou a registrada nos Jogos de Lima, quando o Brasil subiu 308 vezes ao pódio, com 124 medalhas de ouro, 99 de prata e 85 de bronze. A última vez que o país terminou no topo do quadro de medalhar foi em 2007, nos jogos sediados no Rio de Janeiro.