SKATE

'Queria meu nove, tudo bem se o troféu não viesse’, diz Rayssa após nota inédita na SLS

Bruno Accorsi
Publicado em 04/12/2023 às 07:45
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A vitória de Fadinha veio com uma nota 9.0; a primeira da história em uma volta da disputa feminina da liga. (Foto/Redes Sociais)

A vitória de Fadinha veio com uma nota 9.0; a primeira da história em uma volta da disputa feminina da liga. (Foto/Redes Sociais)

Rayssa Leal foi além de conquistar o bicampeonato da SLS, a principal liga de skate de rua do mundo. A vitória da maranhense de 15 anos no Super Crown, última etapa do campeonato, veio com uma nota 9,0, a primeira da história em uma volta da disputa feminina da liga. Entrar para o ‘Nine clube’, como os skatistas chamam o grupo de atletas que consegue atingir esta casa de pontuação, foi o mais importante para Rayssa em meio à conquista da manhã deste domingo, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, onde a etapa foi disputada.

"No último SLS, em Sydney, eu achei que eu ia conseguir, mas não consegui. Eu nunca tinha conseguido. Foi algo surreal, a gente estava fazendo a estratégia ontem à noite e eu tinha falado para mamãe que eu só queria meu nove. Se o seu troféu não viesse, estava tudo bem. Mas o que eu queria era o nove, então eu fiz o meu máximo, consegui fazer o meu máximo ali dentro da pista e é isso. Acho que eu fiquei muito feliz, até chorei. Fiquei muito emocionada, porque sempre foi um sonho", disse.

A japonesa Oda Yumeka já fez um 9,4, mas em nota de manobra individual, não em uma volta como Rayssa. O formato de disputa da SLS costuma ter esses dois tipos de exibições. No Super Crown deste domingo, por exemplo, foram duas voltas de 45 segundos e quatro tentativas de manobras individuais. As quatro notas mais altas formavam o total.

Competir no Brasil foi um fator essencial para Rayssa colocar seu nome no ‘Nine club’. Depois de ser campeã na final da SLS disputada no Rio, ano passado, conseguiu o bicampeonato sentindo-se muito à vontade no Ibirapuera. Correr aqui no Brasil é como se eu tivesse correndo lá na ‘bichinha’ no quintal de casa, porque o pessoal ajuda muito", disse.

Rayssa até estava nervosa, mas o apoio da torcida, que fez muito barulho sempre que chegava sua vez de descer a pista, fez a diferença. "Era uma pista meio difícil de conectar as manobras. E aí hoje de manhã eu estava meio nervosa, estava meio ansiosa para a competição chegar logo, mas acabou que a torcida ajudou muito".

A skatista brasileira aida tem um objetivo a cumprir em 2023. Do dia 10 a 17 de dezembro, será disputado o Mundial de Street, em Tóquio, competição que vale pontos para a corrida olímpica. A SLS, embora importante no mundo do skate, não conta para o ranking de classificação à Olimpíada.

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