O Campeonato Amador da Série “A” vai se afunilando e já faltam apenas quatro rodadas para o final da primeira fase, cada jogo passa a ser como uma decisão. No próximo domingo, Butantã e Bonsucesso se enfrentam no Estádio Nenenzão. O Fabrício por sua vez joga em casa contra o terceiro colocado da competição, o Parque das Américas. No domingo (26), entretanto, Bonsucesso e Fabrício mostraram porque o clássico é sinônimo de rivalidade e bom futebol. No estádio Zé do Tiro, também no domingo, em jogo válido pela 11ª rodada, não foi diferente. Com belas jogadas, muita correria, força de vontade e uma pitada de confusão, o jogo foi eletrizante do início ao fim. No final, o empate em 1 a 1 foi bom para o Bonsucesso, que mesmo vendo o Juventude se aproximar, continua na liderança do Amadorão. Já o Fabrício, mais uma vez, se viu perseguido pela arbitragem e saiu reclamando muito de um gol anulado pela assistente Kennia Stefanni Lima. Depois de um primeiro tempo muito disputado, porém sem gols, as duas equipes voltaram para a etapa final a fim de sair de campo com a vitória. De tanto insistir, foram os donos da casa que abriram o placar com Juninho Alencar. O gol, ao invés de desanimar o Fabrício e empolgar o Bonsuça, teve um efeito contrário. Em desvantagem, a equipe grená partiu para cima em busca do resultado. Assim, poucos minutos após o gol sofrido, Édson Negão aproveitou um rebote, após o chute do seu companheiro. No entanto, a assistente anulou, alegando que Édson estava em posição de impedimento no momento do chute e, como a defesa do goleiro não “zera” a jogada, ela, conscientemente, assinalou o impedimento. A decisão de Kennia gerou muito protesto por parte dos jogadores do Fabrício, que partiram para cima da jovem, provocando uma grande confusão na beira do gramado. No tumulto, um jogador chegou a cair em cima de Kennia, dando a impressão de agressão, logo negada por ela. “Um atleta veio correndo e não conseguiu parar, empurrou seu próprio companheiro que caiu sobre mim. Reclamaram muito, mas não me agrediram”, afirmou a assistente. A decisão parece ter mexido com o orgulho dos fabricianos. E no melhor estilo água mole em pedra dura tanto bate até que fura, o time conseguiu, enfim, empatar a partida, com Édson Negão, em um belo gol de cabeça. Os minutos finais da partida foram bastante disputados, com o Fabrício querendo a vitória e o Bonsucesso levando perigo nos contra-ataques. Entretanto, o 1 a 1 foi mesmo o resultado final. “O time deles veio com o propósito de empatar. Mas, conseguimos impor nosso ritmo e o resultado foi bom. Aos poucos, vamos galgando nosso caminho rumo à conquista do título”, disse Toninho, técnico do Bonsucesso. “A arbitragem influenciou muito no resultado da partida. A Liga precisa observar bem na hora de escalar um trio tão jovem e inexperiente”, reclamou o zagueiro e capitão do Fabrício, Marcão.