Os primeiros chutes numa bola de futebol foram pelo Fabrício, até que estes chutes levaram o centroavante Naim, ao Uberaba Sport Club, na década de 70. O jogador atuou no Colorado até 1976 e ao longo desta trajetória, Naim diz que teve muitas alegrias no futebol. “Considero que eu tinha o fator sorte. Jogava no Mineirão, eu fazia gols, sempre fiz. Vencia o Cruzeiro e o Atlético Mineiro, em Belo Horizonte, e sempre fazia gols. Momentos que me faziam ficar satisfeito como jogador”. Da mesma forma que o futebol proporciona bons momentos, também tem as suas barreiras, conflitos e decepções. “O treinador do time na época, depois que perdemos um jogo para o Remo, quis colocar a culpa em mim e outro companheiro. Essa foi uma das maiores decepções da minha vida”. Após deixar a equipe Colorada, Naim retornou ao Nacional, onde já havia jogado na categoria Juvenil, conseguindo três títulos com a equipe. Depois de quatro anos no curso de Engenharia, Naim abandonou a faculdade. “Eu ganhava pouco com o futebol. A mensalidade da faculdade era três vezes mais cara que o meu salário. Então, ficou faltando um pouquinho para formar. Tive que sair do curso”. Naim é aposentado. Depois que deixou os gramados trabalhou como vendedor e Assessor de Orçamentos na Prefeitura Municipal de Uberaba. Casado há 31anos, Joaquim Neto e Adelina tiveram dois filhos, Emerson e Erick Milhorim. Os dois são médicos e moram em Uberaba. O ex-atleta recebeu do Grupo JM de Comunicação o “Troféu da Seleção de Todos os Tempos”. Homenagem aos jogadores da cidade de Uberaba que se destacaram no futebol. “Eu me sinto orgulhoso. Para ser sincero, esta é uma das únicas vezes que estou sendo convidado. É um prazer enorme ser lembrado depois de tanto tempo. Acho que é um orgulho para qualquer um destes jogadores que receberam o troféu, sendo premiados depois de tanto tempo”.