O lateral-esquerdo Sorín convocou entrevista coletiva na tarde de ontem e anunciou a sua aposentadoria como atleta de futebol, aos 33 anos de idade. Emocionado, o ídolo celeste fez uma retrospectiva da carreira e se disse feliz por encerrá-la no clube que ama. "O motivo dessa coletiva é simples. Eu vou parar com o futebol. São 15 anos de carreira, uma carreira muito bonita, muito gostosa, que eu curti muito e tentei sempre dar o melhor de mim, me entregar. Vivi momentos incríveis com essa camisa, assim também com a camisa da seleção Argentina, do River Plate, do Argentinos Juniors, do Villarreal, do Paris Saint-Germain. A carreira foi muito rápida, mas acho que chegou o momento de parar bem. É um momento feliz da minha vida, porque estou sendo pai", afirmou de início. O ídolo celeste disse que a terceira passagem pela Toca da Raposa não foi como gostaria. Após se curar de uma lesão grave no joelho direito, Sorín sofreu com estiramentos musculares este ano e atuou em apenas seis dos 46 jogos do time em 2009. "Trabalhei muito, caí, levantei, tive muitas lesões e superei a mais importante, que foi a do joelho. As últimas foram musculares, nenhuma importante. Mas também não tive a sequência que queria. Joguei seis jogos em sete meses. É muito pouco, não estou orgulhoso desses números. Abri mão de tudo para vir para o Cruzeiro e encerrar minha carreira aqui", disse. Além de ter ficado fora da final da Copa Libertadores, Sorín lamentou não ter tido a chance de enfrentar o rival Atlético-MG, no dia 12 de julho. Em depoimento comovente, o argentino diz que deixará como legado, a grande entrega que tinha em campo. "Queria jogar contra o Atlético-MG, um clássico incrível. Passei por muitos clássicos no mundo, França, Argentina, Itália. Mas um Cruzeiro x Atlético-MG tem sabor especial. Agradeço ao pessoal do outro lado, até pelo respeito. Voltei para isso. O clássico, a final da Libertadores, que tinha a ilusão de jogar. Não tive o espaço e agora também não quero forçar nenhuma situação. Sou um homem feliz. Foram muitos anos no futebol e vou deixar essa carreira sabendo que sempre que vesti a camisa deixei a alma, deixei o sangue", concluiu.