O Ceará faz um início de campeonato espetacular, com 81% de aproveitamento.
Só não passará toda a Copa do Mundo no topo graças a um empate salvador do Corinthians, ontem, e por conta do saldo de gols. E, retomada a competição, terá pela frente justamente o concorrente direto, dentro de sua casa, onde ganhou todos os jogos até então. Mesmo assim, o discurso do Ceará é de pés no chão. A meta da temporada, de acordo com a diretoria, é não voltar para a Série B. Exemplos como o do catarinense Criciúma, hoje na Terceira Divisão, que chegou a liderar o Brasileiro até a nona rodada de 2004 e acabou rebaixado ao final de 46 rodadas, justificariam a situação. A folha salarial por volta dos R$ 650 mil é mais de dez vezes inferior à do alvinegro de Roberto Carlos e Ronaldo, estimada em R$ 7,5 milhões. O título cearense ficou com o Fortaleza, porém o Ceará, que completou 96 anos na quarta-feira, 2, somou três pontos a mais no geral e ainda venceu a segunda partida da decisão. A base da equipe possui atletas experientes como o volante Bóvio (ex-Santos), o meia Geraldo (Vasco) e os atacantes Lopes e Washington (ambos ex-Palmeiras). O time tem ainda o goleiro Diego, que deixou a reserva de Bruno, no Flamengo, para barrar o ídolo Adílson “Paredão” e ser vazado apenas numa única oportunidade em sete confrontos - recorde na era dos pontos corridos.