O autor da agressão, segundo registrado na súmula, foi o camisa 10 do Coimbra, João Vitor Balbino Cordeiro (Foto/Youtube/Coimbra)
Uma cena lamentável interrompeu a normalidade da partida entre Coimbra FC Porto e Atlético-MG, válida pelo Campeonato Mineiro Sub-20. O duelo, disputado no último sábado, ficou marcado pela agressão sofrida pela árbitra assistente Caroline Costa, que relatou ter recebido um tapa no rosto de um jogador.
O autor da agressão, segundo registrado na súmula, foi o camisa 10 do Coimbra, João Vitor Balbino Cordeiro. O episódio ocorreu aos 27 minutos do primeiro tempo, quando a auxiliar tentava apartar uma confusão generalizada entre os atletas. O jogador havia sido expulso pouco antes por uma falta dura.
Caroline informou que, no tumulto, foi atingida pelo atleta do Coimbra e também empurrada por Eric, camisa 8 do Atlético-MG. A descrição foi incluída de forma detalhada no documento oficial entregue à Federação Mineira de Futebol (FMF).
Apesar do registro disciplinar, o Atlético apresentou um ofício à entidade solicitando a retirada do cartão vermelho de seu jogador, alegando erro na decisão do árbitro principal. A medida deve ser analisada pela comissão competente.
Enquanto isso, o Coimbra se manifestou por meio de nota oficial. O clube reconheceu a gravidade da situação, condenou qualquer ato de violência e reafirmou o compromisso institucional com a formação de atletas da base.
O comunicado reforçou que a agremiação, certificada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) como clube formador, busca desenvolver seus jovens não apenas tecnicamente, mas também socialmente, priorizando valores como respeito e integridade.
Segundo o texto divulgado, o trabalho do Coimbra envolve diferentes áreas além do futebol, incluindo acompanhamento psicológico, pedagógico, médico e social, com o objetivo de formar cidadãos preparados para o convívio profissional e pessoal.
A agressão contra a assistente repercutiu amplamente e levantou discussões sobre a necessidade de reforçar medidas de segurança e educação no futebol de base. Para especialistas, episódios como esse reforçam a urgência de uma postura mais rígida das entidades desportivas em relação ao comportamento de atletas.
O caso agora segue para avaliação da Federação Mineira de Futebol e pode resultar em encaminhamento ao Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-MG). As possíveis punições vão desde suspensão de atletas até penalidades mais severas contra o clube, caso seja constatada omissão.
Caroline, por sua vez, registrou na súmula o impacto do episódio e deve prestar novo depoimento em instâncias disciplinares. Até o momento, não houve manifestação da arbitragem sobre medidas adicionais de proteção.
A agressão reacende o debate sobre a violência contra árbitros e assistentes em competições de base, um problema recorrente que desafia a profissionalização do futebol brasileiro.