Nelson Rodrigues dizia que o que define se um time saíra de campo derrotado ou vitorioso é a alma. Verdade ou não, o fato é que, mostrando muita força de espírito, o Fabrício venceu o Beira-Rio, pela 10ª rodada do Campeonato Amador. A vitória também garantiu paz à equipe grená, que enfrenta o Bonsucesso, líder do Campeonato, na rodada deste fim de semana do Amadorão. No domingo, em campo, o Fabrício foi melhor todo o tempo, sobretudo por conta do inspirado atacante Batutinha, protagonista de uma bela partida e autor de dois gols. Já o Beira-Rio, muito aquém da equipe competitiva e vice-campeã de 2008, mostrou as falhas de sempre: falta de criatividade e de competência na hora de definir a gol. Apesar do bom futebol desenvolvido pelos seus meias, Uênio e Tico, o time ainda carece de um matador, mesmo com o atacante Bibi, autor de um gol, afirmando ter faro de gol. Porém, justiça seja feita: não fossem as belas e difíceis defesas do goleiro Felipe, o time teria saído de campo goleado ainda no primeiro tempo. Mesmo comemorando a vitória, o arqueiro Gasolina, do Fabrício, admitiu que sua equipe não foi bem e, por isso, a vitória não foi o resultado mais justo. “Apesar de jogarmos dentro de casa, não nos impomos o tempo todo. Por isso, passamos sufoco no final. Mas, com a vitória e os três pontos garantidos, vamos mais tranquilos para o próximo confronto, diante do Bonsucesso. Ainda que seja um jogo muito difícil, vamos para vencer”, afirmou. Paulinho, técnico do Beira-Rio, lamentou as várias chances perdidas pela equipe, sobretudo no segundo tempo. No entanto, acredita em uma recuperação e na classificação da equipe para o octogonal final do Amadorão. “Precisamos vencer os próximos jogos, principalmente quando jogarmos dentro de casa. Se conseguirmos somar pontos também fora de casa, chegaremos lá. O problema é que temos de ter mais calma”, concluiu.