Coisa boa e saudável é a tal da discussão. Sou daqueles que fico me remoendo quando vejo uma rodinha de discussão e não posso dar o meu pitaco
Coisa boa e saudável é a tal da discussão. Sou daqueles que fico me remoendo quando vejo uma rodinha de discussão e não posso dar o meu ‘pitaco’.
Até porque, quando realizada de forma coerente, a exposição de opiniões é algo fundamental. Nada de xingamentos e apelação. Não, nada disso. O interessante e fundamental é que o coro dos contentes seja, mesmo que de vez em quando, questionado também.
E, para não dizer que não falei das flores, vou falar agora sobre o assunto do moment o resultado do arbitral da Federação Mineira de Futebol, o qual, de forma ridícula, decidiu a nova fórmula de disputa do Campeonato Estadual de Minas Gerais.
Não preciso repetir a fórmula para você, caríssimo leitor. Mas preciso lhe dizer que poderia ser melhor, muito melhor, para os times do interior, onde inclusive, encontra-se o Uberaba Sport Club – representante da cidade no certame.
Ora, quando algo começa errado... Imagine você, torcedor, se na hora de votar, alguém lhe dissesse que seu voto vale menos do que o meu voto, por exemplo. O meu valeria por dez, enquanto o seu – é de rir – valeria por um!
Foi dessa forma que aconteceu a votação. Desmerecimento e desrespeito total com os times fora do eixo metropolitano. É intolerável o fato de o voto de alguns clubes valer mais do que o voto dos demais. Não dá!
Enquanto clubes, todos deveriam – repit deveriam ser tratados da mesma forma pela madrasta Federação Mineira de Futebol. Não é questão apenas de respeitar a história particular de cada um dos doze que disputam a competição. Não é só isso. É questão de respeitar a razão de ser de todo e qualquer clube: você, torcedor apaixonado.
Com torcedor não se brinca.
Organizar uma competição que atenda aos interesses da minoria é um desleixo descomunal para com os demais. Se América-MG, Atlético, Cruzeiro e Ipatinga precisam se preocupar com a disputa do Campeonato Brasileiro, os clubes interioranos têm uma preocupação ainda maior: a manutenção do elenco durante todo o ano. Aliás, existe algo ainda mais grave que está fervendo as cabeças das diretorias dos oito alijados da Federaçã compensa montar uma equipe para disputar o Mineiro de 2011?
A resposta é simples. Ernani Nogueira, diretor de futebol do Colorado foi claro. Segundo ele, os clubes terão duas opções. Ou montam um time para ser campeão – prática cara e, por isso, quase inviável – ou montam um grupo apenas para não cair, já que terminar a competição em quinto ou décimo lugar dará no mesmo.
É assim.
Como se pode perceber, a FMF mais uma vez foi omissa. Cabe a pergunta: do que serve uma federação que não toma partido? E mais: do que adianta uma federação que não resguarda os interesses dos clubes considerados menores e que, como todo mundo sabe, têm no Campeonato Estadual, talvez sua única fonte de renda através de público durante toda uma temporada?
Enfim, como já parafraseei o inigualável jornalista Doca no título dessa crônica, farei novamente: Terra Madrasta essa nossa, hein!...