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Eu também tenho palpite!

Há uma grande desvantagem em ser cronista

João Gilberto Rodrigues da Cunha
Publicado em 28/11/2012 às 20:30Atualizado em 19/12/2022 às 16:02
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Há uma grande desvantagem em ser cronista longe de Brasília – lá ninguém nos lê. Há uma grande vantagem em ser cronista longe de Brasília – lá ninguém nos lê! No mais simples destas posições: podemos escrever o que quisermos – dona Dilma não nos mandará pra cadeia. Simples também: o Presidente nunca terá consideração ou atendimento ao que nós pensamos ou conhecemos. Moral da história: estou perdendo o tempo, como os demais colegas – e vocês todos que nos leem. Estou brincando com o jogo de palavras e frases, fazendo confusão cada vez mais. Por exemplo, você, meu amigo leitor, fica sem saber se vale a pena me ler... ou está perdendo seu tempo? E eu parto pra esculhambaçã se quiser ler o que todos leem, assine a Folha, O Estadão, O Globo... e até O Estado de Minas. Um só basta, porque as notícias serão as mesmas: marginais assassinos matam gente na rua, policiais vingativos matam bandidos na rua. No meio, nós, velhos, jovens e crianças, vamos morrendo no tiroteio, de um ou dos dois lados. A brincadeira metropolitana fica desarvorada. Pra não dizer que não faz nada, trocam o comando militar, o da polícia metropolitana, o ministro... e somente aí sentem dor o governador... e até a Presidente. Fim desta história: trocam tudo e todos... mas a situação permanece igual e a mesma. Para mim, roceiro e conhecedor histórico do delegado de Sacramento, tudo está igual porque permanece igual. Os bandidos vão para as cadeias locais e conhecidas, recebem visitas noticiosas e celulares que pagaram pedágio para entrar. Matam uns quantos, é verdade... mas seus colegas lá fora se vingam, matando muito mais. Vai daí minha recordação do Sacramento, enterrado com suas ideias – sobretudo o “mens sana in corpore sano”, pondo os bandidos em cercado e trabalho pesado. Lá em cima, não vão entender nada, eu explico. É hora de termos bandidos em modernos “campos de concentração”. Terra para isto sobra, cinquenta alqueires no Mato Grosso, no Guaporé, no Acre, no Amazonas ou Pará. Cercas elétricas e de alarme, galpões coletivos para dormir e ver televisão, bloqueio de contatos físicos e computadorizados. Ah, ia me esquecend lavouras variadas, ferramentadas e educativas do físico, força e cucas dos distintos hóspedes. É claro, cabem sugestões e melhorias, mas... pra que, cronista do interior? Ah, esqueci uma coisa: não pode ser, os DIREITOS HUMANOS proíbem!

(*) Médico e pecuarista

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