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Expectativas e preocupações

O tempo passa mesmo muito rápido para quem gosta de futebol. Ou devagar, dependendo do ângulo

Paulo Fernando Borges
paulofernando1981@gmail.com
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 17/12/2022 às 04:46
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O tempo passa mesmo muito rápido para quem gosta de futebol. Ou devagar, dependendo do ângulo. Parece que foi ontem que chorávamos pelo gol marcado pelo francês Henry, na vitória da França sobre o Brasil, tirando a Seleção Canarinho das quartas-de-final da Copa do Mundo da Alemanha, a qual teve a Itália como grande campeã. Já se passaram quase três anos e estamos nos preparando para mais uma Copa, desta vez na África do Sul. E o melhor, daqui a pouco, mais de cinco anos, será nossa vez de sediar um dos maiores espetáculos da Terra. Porém, a alegria dá lugar à preocupação quando o assunto é organização. Os dois próximos anfitriões da Copa perdem de goleada para os países europeus quando tocamos nesse ponto.   Na África do Sul, apenas um dos dez estádios que serão construídos para o evento foi entregue. Parece exagero, mas é bom lembrar que faltam poucos meses para a realização da Copa das Confederações, que é utilizada como test drive para a Copa do Mundo. Prevista para começar no dia 14 de junho deste ano, esta competição terá como grandes atrações as seleções do Brasil, atual campeão sul-americano; Espanha, atual campeã europeia, e Itália, última campeã mundial. De acordo com a organização do evento, outros três estádios devem ser entregues antes do dia 14 de junho. Os seis restantes só serão concluídos no final de 2009.   No Brasil, nem as sedes foram escolhidas. A escolha, anteriormente marcada para o dia 20 de março, foi adiada para 31 de maio. Ou seja, quem pensa em investir terá de esperar. Pelo cronograma da Fifa, os 12 estádios escolhidos para a Copa no Brasil devem estar prontos até o final de 2012. Parece muito tempo, mas não é. Podemos ter como base os jogos Pan-Americanos, realizados em 2007, no Rio de Janeiro. A correria de última hora para que tudo ficasse pronto deixou muita gente ressabiada.   Além disso, a África do Sul e o Brasil são vítimas de outros problemas muito mais complexos. Um deles, o principal no meu entender, é a violência. Mas existem outros, mais estruturais, como transportes (terrestres e aéreos), rede hoteleira e sistemas de informação.   Como exemplo, no final de semana anterior, um triste acontecimento marcou a rodada das Eliminatórias Africanas para a Copa do Mundo. No jogo entre Costa do Marfim e Malauí, mais de 20 pessoas morreram depois de uma confusão generalizada no estádio de Abidjã, que teria recebido cinco mil pessoas além de sua capacidade. Segundo relatos, a tragédia teria ocorrido por conta de um corre-corre. Simplificand desorganização.   Pode até nos chocar quando assistimos a esse tipo de acidente. Porém, não causa surpresa, já que existem precedentes. No ano passado, por exemplo, nove pessoas morreram asfixiadas antes do jogo entre Libéria e Gâmbia, também na África. A Copa do Mundo deve ser o maior legado para os africanos, segundo o presidente da Fifa, Joseph Blatter. Se ele tem razão ou não, só o tempo dirá. Entretanto, um evento pode ficar marcado na história para sempre, com boas ou más lembranças. Se nós nos lembraremos com alegria ou tristeza dessas duas Copas, vai depender do futebol apresentado pelos jogadores e, principalmente, da organização de cada uma. É esperar pra ver.   Em tempo. Quero pedir minhas mais sinceras desculpas aos torcedores atleticanos. Na semana anterior, cometi um erro grotesco ao afirmar que Reinaldo, o Rei, fazia parte do time campeão brasileiro de 1971. Na verdade, como me esclareceu o leitor Fernando Andrade, Reinaldo veio pouco tempo depois. O centroavante daquele time era Dario, também conhecido como Peito de Aço, Jacaré e Maravilha.     (*) Estudante de Jornalismo paulofernando1981@gmail.com

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