Como são os casamentos atualmente?
Como são os casamentos atualmente?
Movidos pelo amor? Movidos pela razão, como outrora?
Matrimônio, relacionamento, união... hoje fundados sobre o princípio do casamento pelo amor e não mais do casamento pela razão. Essa mudança é interessante? Sim, é progresso. Entretanto, como tudo tem um preço, este progresso também tem a sua consequência: se a união é baseada em afeto, como evitar a desunião, ou seja, o divórcio - que também já existe -, quando os sentimentos de amor se transformam em ódio ou indiferença? Em oposição a outros tempos, quando o casamento estava ligado à razão e não ao amor,as cônjuges não se divorciavam!
O retrato amoroso que se desenha hoje se baseia na qualidade das relações. O investimento é maior em afeto, tempo e atenção. E o que mantém a união é o empenho de todos os envolvidos.
O que é necessário?
É muito importante e, necessário respeitar a individualidade de cada um e estimular o diálogo e a reciprocidade.
O que isso significa?
Viver junto hoje significa aceitar que nem todos os conflitos serão resolvidos e que temos que aprender a conviver com as diferenças.
Antes de tomar qualquer decisão, torna-se necessário também muita ponderação, muita sabedoria para escolher a permanência com o companheiro ou companheira atual, ou o recomeço e a aventura de um novo amor. Interessante é saber que seja qual for a decisão, permanência ou recomeço, nenhum traz de volta o amor original.
A sociedade em que vivemos é individualista. Cada indivíduo pensa somente no seu prazer, no seu interesse, na sua liberdade.
Nos lares atuais, a tendência é que as pessoas se sobrecarreguem de tarefas ou de interesses individuais, de forma que em casa, se tenha indivíduos ilhados cada um no seu canto, sozinhos, e não juntos. A criação de tempo de convívio de boa qualidade é um dos principais desafios da atualidade.
Atualmente, o que acontece? Um grande avanço tecnológico acompanhado de um retrocesso nas relações pessoais, um número de relacionamentos fracassados crescente.
Nos relacionamentos, esta postura egoísta não funciona. É necessário repensar valores, interessa reconsiderar a convivência. Hábitos simples como se divertir ou fazer os mesmos programas de lazer, fazer as refeições um lado do outro, conversar, dialogar, respeitando-se mutuamente, é primordial.
(*) Psicóloga clínica