As emoções mudam quando falamos com amor, quando nos permitimos mostrar essa parte terna que temos dentro de nós. O afeto gera afeto e produz bem-estar, da mesma forma que o distanciamento potencializa as relações frias e faz crescer a semente da hostilidade e isolamento.
Nosso isolamento produz empobrecimento, gera insegurança e nos retira a autonomia, a independência e o equilíbrio emocional. Frequentemente, as diferenças nos assustam e é certo que às vezes nos perdemos na forma de relacionamento, de comunicação e de entendimento, mas o conhecimento das diferenças potencializará a aproximação.
Há muitas pessoas que parecem ter desistido e se recusam a potencializar essa comunicação; vítimas de relações insatisfatórias tentam evitar novas frustrações, sem perceber que escolheram o caminho errado. Não se trata de nos isolarmos, nem de nos convencermos de que as pessoas são muito difíceis; essa atitude de encerramento, longe de nos dar opções, bloqueia qualquer possibilidade de abertura e conhecimento.
Sempre que tivermos que escolher, o respeito deverá prevalecer sobre a imposição. É preferível acabar uma relação do que acabarmos conosco mesmos; disso, nunca podemos nos recuperar, pois não podemos nos transformar no que não somos, nem sentir o que não sentimos, nem renunciar aos pilares sobre os quais está assentada a nossa vida.
Aprendemos muito quando erramos, mas não é necessário ser masoquista, há sofrimentos que podemos evitar se soubermos uma série de regras e alguns princípios indispensáveis às relações afetivas. Não podemos desistir de nossas convicções! Não podemos perder nossa identidade, nossa autonomia e nossa independência.
As relações afetivas são mais saudáveis quando continuam a potencializar as relações de amizade, de companheirismo, de inquietações intelectuais... Os dois membros do casal devem conservar os seus hobbies, compartilhar parte do seu tempo livre, mas se lembrando de que só o crescimento contínuo potencializa as relações gratificantes e duradouras.
Nos relacionamentos é muito importante que expressemos nossos sentimentos com afeto e falemos do que sentimos de forma positiva. Temos que nos colocar de forma que nossos gestos e nossas palavras consigam expressar todo o carinho, o afeto e a positividade que temos dentro de nós.
(*) Piscóloga clínica
