Fazer

Fazer; verbo transitivo direto / Que encerra vontade e decisão / Guarda em si algo secreto / Quando se vai à ação. Fazer é somatória de energias / Oriundas de direções várias / Persistindo dias após dias / São vencidas forças contrárias. Nossa Academia de Letras do Triângulo Mineiro caminha para o fechamento do ano com magnos acontecimentos. 

Dentre as nossas conquistas, inauguramos no dia 15/11/2018 o busto de Mário Palmério e no dia 28/11/2018 comemoramos o centenário do inesquecível acadêmico monsenhor Juvenal Arduini, além de vermos Guido Bilharinho e Marta Zednik de Casanova receberem a Medalha e o Diploma “Acadêmico José Mendonça”. Vêm aí outras demandas.

Quem foi José Mendonça? Foi o primeiro presidente da Instituição, criada a 15/11/1962. Seu exemplo de tenacidade, capacidade intelectual, coragem e amor pela academia nos inspira a prosseguir sua obra, tornando-a perene através dos tempos. A imortalidade do nosso abnegado timoneiro, homem de fino trato, estará impregnada na sua Academia e ficará sempre em evidência, através da Medalha que recebeu o seu nome por sugestão do acadêmico Pedro Lima, proposta pela então vereadora Terezinha Pinto Cartafina e aprovação da Egrégia Câmara Municipal.

Quem é Guido Bilharinho? Tendo no sangue a genética de historiadores, Guido carrega consigo o grande desejo de tornar a comunidade ciente de fatos que, não fosse a sua argúcia, talvez ficariam soterrados ao longo do tempo. Se faz parte da nossa história, estejamos certos de que Guido, um dia, depois de prolongadas “escavações e comprovações”, mostra-nos a realidade como ela é. Depois da advocacia, ele prolonga o tempo exercendo a outra devoção, que é: selecionar, pesquisar, arquivar meticulosamente, escrever, editar, e tudo mais quanto a: cinema, poesia, história, biografias, romances, fatos do cotidiano, etc.

Marta Zednik de Casanova transpira história e um dos feitos que marcam a sua trajetória de filha que Uberaba adotou está na carta branca que o prefeito Paulo Piau lhe conferiu para que o acervo do jornal Lavoura e Comércio, então guardado por aproximadamente 3 anos em Uberlândia, fosse adquirido e recambiado para Uberaba. Assisti a todo o processo e tenho minhas dúvidas quanto ao êxito dessa operação se, à frente, não estivesse Marta Zednik, junto às abnegadas mãos de seus valiosos colaboradores que no Arquivo Público trabalham. 

Por que dei o título de “Fazer” a esse texto? É porque conjugar tal verbo encerra vontade e decisão e todos aqui citados experimentaram ou experimentam que: ter vontade sem decisão é o mesmo que não ter vontade.