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Feliz Ano Novo

Mais um ano somado à existência individual e pontuado à coletiva

Gilberto Caixeta
gilcaixeta@terra.com.br
Publicado em 31/12/2013 às 19:39Atualizado em 19/12/2022 às 09:37
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Mais um ano somado à existência individual e pontuado à coletiva. Parabéns, você sobreviveu! Cada um saberá analisar a correspondência existente entre resultado e esforço empreendido. O efeito das mandingas e superstições. O volume da fé e do seu uso. No entanto, às vezes queremos saber o que nos aguarda no futuro. Encerra-se o Ano de 2013 e abre-se para os festejos de boas-vindas o Ano de 2014, que chega abarrotado do quanto se viveu. Porém, cabe mais. Nem sempre o novo é o melhor, é preciso se desafogar do modismo. Deve-se desfazer dos pesos adquiridos e herdados. Feliz Ano Novo. O que seria um ano novo feliz? O que deveria ocorrer em sua vida para que o ano se tornasse merecedor deste adjetivo. Até mesmo porque ninguém quer outra coisa a não ser feliz. O receio de não ser feliz fez do homem um animal apressado e curioso por conhecer os seus dias no futuro. Antes das pitonisas gregas, os persas e tibetanos já exerciam o dom de olhar além do seu tempo. Assim, como os africanos em pele hebraica, ou mesopotâmica, egípcia ou sarracena. Não houve uma única civilização que não tenha manipulado o invisível e pressagiado o futuro. O dom de ler cartas, as mãos, jogar búzios. Mexer e combinar ervas. Ver a áurea do indivíduo, sentir a energia que nos envolve compõem os passos de aprendizagem de todos os povos. Crer num dom especial, também. No entanto, todos somos dotados de dons. De premonições, de sentimentos bons e ruins, de sensações de fatos vividos, de arrepios que eriçam pelos a nos alertar sobre fatos ao nosso redor. Temos impressões falsas e corretas sobre tudo. Ou não. Achar um local agradável, bucólico, envolvente, independente de ser simples ou sofisticado. Quem nunca olhou uma pessoa e não se simpatizou com ela, mesmo que não a conheça o bastante para o julgamento. Ou olhou e se equivocou, porque se apaixonou ou creu de tal sorte que deixou a vigília para depois. Quem nunca sonhou fatos imponderáveis, desejosos, envolvente. Ou desgraças que se efetivaram, por mais que não se quisesse que elas ocorressem. Quem nunca desejou ou falou mal de alguém, invejou, desdenhou um desgraçado da sorte. Ou estendeu as mãos solidárias e chorou por companheirismo... esses exercícios nos aproximam dos magos e pitonisas, dos bruxos e videntes. Inclusive não precisamos ser sacerdotes de nossos credos para profetizar ou desvendar fatos no tempo, basta querermos sentir e permitir que a intuição fale por nós. Quanto mais nos exercitamos, mais aplicados e disciplinados nos tornamos. Ao invés de pagar para olhar o futuro e desvendar as desventuras, faça, você mesmo, esse exercício. Leia com critério os seus pensamentos, colora os nós que se herdam nos anos, os que podem ser eliminados no nascer do Ano Novo. Assim, quem sabe você poderá aproximar-se da maior incógnita dos tempos: você.

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