Abri aleatoriamente o livro “Palavras... e algo mais” para sacar dele uma frase que me desse o mote a fim de formatar este texto. Caí nas páginas 54 e 55, mas senti algo que deve sentir todo pai e mãe quando vão avaliar as qualidades dos filhos. Ficam confusos e optam por não ver qual é melhor ou pior filho. Preferem dizer que cada um é diferente do outro e todos vieram ao mundo para cumprir uma missão. Essa é para mim a essência da ética.
Não chego a tanto com o que escrevo, mas preferi mostrar aqui os nove “filhos” que estão dispostos em forma de frases naquelas páginas. Hei-las:
“As pessoas de bem possuem uma couraça invisível protetora. Não tente perfurá-la com a maldade”.
“Observe: quanto mais a sangue frio se pratica a maldade, mais ela atende ao seu próprio perfil”.
“O ser humano é mesmo o maior depositário de bondades e maldades”.
“Se logo na nossa casa de leis- o Congresso Nacional - podemos usar o instituto da mentira, onde será necessária a verdade?”
“Quem tem tudo à mão e não quer estendê-la, corre o risco de perdê-la”.
“A esmola esconde dois personagens reais: um inconformado por necessitá-la e o outro ávido por se ver livre”.
“Evitar que alguém mendigue um prato de comida é legítima caridade: doá-lo simplesmente, não tem o mesmo significado”.
“Não se agride o meio ambiente sem ferir ao mesmo tempo as duas partes”.
“Ao prolixo sempre falta a paciência quando ouve o detalhista”.
Deixo com você leitor e leitora a atribuição de analisarem tais frases com o rigor que elas merecem. Afinal, criamos os nossos filhos para o mundo e nele é que “o filho chora e a mãe não vê...”.
(*) PRESIDENTE DO FÓRUM PERMANENTE DOS ARTICULISTAS DE UBERABA E REGIÃO; MEMBRO DA ACADEMIA DE LETRAS DO TRIÂNGULO MINEIRO