ARTICULISTAS

Gente, carros e bicicletas... demais

Há um time de pessimistas que vai-se derramando

João Gilberto Rodrigues da Cunha
Publicado em 02/10/2013 às 19:21Atualizado em 19/12/2022 às 10:49
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Há um time de pessimistas que vai-se derramando pela cidade – a cidade cresceu demais, sobretudo no arranco de condução e transporte do povo trabalhador. Aquela antiga classe de gente que vinha dos altos para o centro vai comprando sua condução própria e pessoal – bicicleta, às vezes dupla, motocicletas sempre com dois – um paga o seu transporte. Num afinal maior estão os que compram suas motocas, um afinal que exibem como dizend viram, negada, é velha e de segunda ou terceira mão! Mas é minha, tá? Aliás, como retratou o Zezã é igual à minha mulher, é de segunda, mas é minha! E todos vão rodando pelas ruas e avenidas, estas insuficientes, cansadas e se esburacando exatamente nas ruas da pobreza. Leio nos jornais, vocês vão comprovar: acidentes nas vias pobres fazem a alegria do Jairo e outros fotógrafos que precisam da não mais novidade. Nas avenidas de drenagem e convergência de gente para o centro a barra é mais pesada, os acidentes vão se tornando cada vez mais graves, a hospedaria final no Instituto Médico Legal ganha publicidade. De progresso nas motocicletas, lembro aquela primeira do Veríssimo, exibindo-se com seu piloto solitário zoando na praça da matriz, assustando galinhada e a gente do domingo no bar da esquina. Contei, inclusive, do pião Almerindo, que tirou o laço da garupa do seu cavalo e laçou com capricho a Fenota exibidona, “pegando ela pelo chifre”, como depois nos contou no bar do Ivan. Bem, hoje a coisa é mais séria: tem muito “boy” exibindo sua moto, mas tem muita gente “remediada ou pobre” que vai pra cidade-centro trabalhar. Qualquer motorista sabe do risco de motocicletas zanzando nas avenidas e ruas do centro, cortando carros de toda espécie pra chegar cedo no seu trabalho... e arriscando vidas desprevenidas. Penso, num finalizar dos que a sorte ainda protege, mas pode faltar: é necessário reformular todo o nosso trânsito. Olha, meu prefeito, vereadores, velhos lentos e desocupados: que tal começar aqui a hora das vielas, becos, ruas e avenidas de trânsito privilegiado como “via única”, coisa de cidade grande, Rio, São Paulo e Veríssimo daqui a pouco. O paisano vai andar um pouco mais, talvez, mas em segurança contra a silenciosa hospedaria da Medicina Legal. E, é claro, outras ideias e coisas que vão nascer. O fato importante e terrível a receber atenção é a necessidade anunciada e atual: trânsito urbano de veículos... e de gente.

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