Ele deveria ser submetido a julgamento em junho último, mas não foi possível em razão da impossibilidade do deslocamento do preso até Uberaba
Marceneiro que matou travesti com o qual manteve relacionamento de um ano vai a júri este mês. O réu é Ricardo Parros, atualmente preso em Patrocínio.
Inicialmente, ele deveria ser submetido a julgamento em junho último, mas não foi possível em razão da impossibilidade do deslocamento do preso até Uberaba. Desta vez tudo está sendo providenciado para garantir a realização do júri na tarde de 27 deste mês no Fórum Melo Viana.
O marceneiro – como Parros se qualifica – é réu confesso no assassinato de José Antônio Ferreira, travesti conhecido como “Gina”. O crime foi em 2003, dentro do carro da vítima, que residia na rua São Lourenço.
Consta no processo que Ricardo teria matado “Gina” com três facadas. Já na versão apresentada, o réu alegou que fora agredido por se negar a manter relação sexual com a vítima. Ainda de acordo com declaração do réu, de 28 anos, eles tiveram relacionamento amoroso por um ano.
Na noite do crime, Parros diz ter combinado encontro com a vítima, afirmando que pretendia apenas conversar. Entretanto, afirmou, “Gina” teria parado o carro em um canavial às margens da avenida Filomena Cartafina, quando houve o desentendimento entre eles. Era noite de 20 de dezembro de 2003.
A versão apresentada pelo réu não convenceu o Ministério Público. O promotor de Justiça do processo Alcir Arantes deve pedir a condenação do mesmo, certo que o réu matou para roubar a vítima. Aliás, Parros efetivamente abandonou o corpo da vítima no canavial, fugindo com o Opala de propriedade do travesti.
Caberá à defensora pública Larissa de Oliveira e Dias atuar na defesa do réu.