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Atleta uruguaio acusado de racismo é liberado na delegacia

O meia-atacante Brahian Milton Aleman Athaydes, 21 anos, foi acusado pelo calheiro Carlos Henrique Teixeira de Jesus, que estava no estádio, de ter feito gestos de conotação racial

Publicado em 21/01/2011 às 23:48Atualizado em 20/12/2022 às 02:03
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Atleta uruguaio acusado de cometer o crime de racismo durante jogo no Uberabão foi liberado após depoimento, na madrugada de ontem. O meia-atacante Brahian Milton Aleman Athaydes, 21 anos, foi acusado pelo calheiro Carlos Henrique Teixeira de Jesus, que estava no estádio, de ter feito gestos de conotação racial.

Em depoimento na delegacia, acompanhado pelo seu advogado Jaider Hilário Nery da Silva, o atleta do Defensor Sporting, do Uruguai, que realizou uma partida amistosa contra o Uberaba Sport, no Uberabão, afirmou que estava trocando de uniforme com um atleta do USC quando os torcedores da equipe da casa, exaltados, realizaram vários xingamentos.

O jogador uruguaio salientou que não sabe nenhuma palavra em português e que não entendeu o que os torcedores estavam falando com ele. No entanto, nesse momento, Aleman apontou o dedo para o braço sem o intuito de ofender o torcedor. “Ele fez o gesto para mostrar que tinha sangue uruguaio, fazendo menção à raça que tem garra e, por isso, teria vencido a partida”, justificou o advogado.

Segundo Aleman, ainda em depoimento, ele não conseguiria olhar para a arquibancada e identificar especificamente uma pessoa e mencioná-la como de pele negra. O jogador se justificou ressaltando o fato de ter amigos no time e em sua cidade natal que são negros e ele possui boa convivência. Aleman finalizou pedindo desculpas, caso tenha sido mal interpretado pelo gesto.

Após esclarecimentos, o delegado de plantão, Hércules Cardoso Ferreira considerou que a provocação feita pelo torcedor ao jogador também se tratava de atitude injuriosa. Além disso, foi considerado que o atleta poderia ter sido mal interpretado pela diferença de idioma, juntamente com o barulho e a distância no estádio, considerados agravantes no entendimento das palavras.

A partir das conclusões, o atleta foi liberado por volta das 2h de ontem e se juntou à delegação do Defensor Sporting, que seguiu na madrugada de hoje para Montevidéu, no Uruguai. No entanto, o caso será investigado pela Polícia Civil.

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