Estudo identificou mais de 20 contas que estariam aplicando golpes usando a imagem de profissionais de saúde
As redes sociais são cheias de promessas, expectativas e soluções para uma vida saudável e pelo emagrecimento rápido. A grande questão é que nem tudo o que a gente vê é, de fato, uma verdade que vai fazer a diferença na sua rotina. Um novo estudo da ESET, empresa de segurança cibernética, aponta que a Inteligência Artificial (IA) tem contribuído de forma efetiva para ajudar na propagação de notícias falsas no ramo da saúde. A tecnologia, nestes casos, é usada para atrair internautas com promessas milagrosas, e de uma maneira até convincente, que abre espaço para golpes e campanhas de desinformação.
A investigação identificou mais de 20 contas envolvidas nesses golpes. A Inteligência Artificial é responsável por criar avatares, inclusive usando a imagem de médicos, para propagar informações duvidosas e promover produtos sem comprovação científica, citando medicamentos populares como o Ozempic, amplamente utilizado para emagrecimento.
“Eles utilizam uma estratégia de marketing desleal ao tentar gerar uma validação falsa de supostos especialistas, para que o público acredite que a mensagem vem de alguém com conhecimento sobre o tema. A criação de imagens, vídeos ou áudios falsificados para cometer fraudes, roubar dados ou manipular a opinião pública se tornou comum no cibercrime”, comenta Daniel Barbosa, pesquisador de segurança da ESET no Brasil.
Os vídeos feitos por IA geralmente seguem um padrão e podem ser identificados se você seguir as dicas abaixo:
Os vídeos podem usar a imagem de profissionais de saúde que realmente existem para criar, por meio da IA, os avatares. A prática faz parte de um programa em que influenciadores podem autorizar o uso da própria imagem para ganhar dinheiro com isso.
“Esse tipo de conteúdo viola os Termos de Uso das redes sociais. A ESET ressalta que os usuários também precisam estar atentos ao se envolver com plataformas de geração de conteúdo por IA. Criadores de conteúdo que consideram participar de programas remunerados devem entender como sua imagem será utilizada e por quem”, afirma o estudo.
Veja alguns exemplos de vídeos falsos identificados pelo estudo a ESET:
Fonte: O Tempo