A fama do brasileiro de ser um povo alegre e otimista parece se estender também para o volante. Uma pesquisa inédita da Mobs2, empresa especializada em inteligência artificial para gestão de frotas, revelou que os motoristas brasileiros estão entre os mais felizes do mundo.
O estudo, que analisou dados de 157 mil respostas de 2.200 motoristas, mostrou que 46,13% se consideram "excelentes" em termos de bem-estar emocional ao dirigir. Outros 32,68% se autoavaliaram como "estáveis", indicando um alto nível de satisfação com a vida profissional.
"A pesquisa demonstra que as iniciativas de bem-estar emocional implementadas no setor de transportes estão surtindo efeito positivo", afirma Rebeca Leite, cofundadora da Mobs2. "Ao promover um ambiente de trabalho saudável e oferecer suporte aos motoristas, as empresas contribuem para um trânsito mais seguro e eficiente."
Bem-estar e segurança no trânsito
A relação entre bem-estar emocional e segurança no trânsito é direta. Motoristas felizes e relaxados tendem a ser mais atentos e menos propensos a cometer erros. Por outro lado, o estresse, a ansiedade e a fadiga podem comprometer a capacidade de reação e aumentar o risco de acidentes.
"É fundamental que as empresas invistam em programas de bem-estar que atendam às necessidades específicas de cada motorista", destaca Rebeca. "A personalização é a chave para garantir a eficácia dessas iniciativas."
Desafios e oportunidades
Embora a pesquisa tenha mostrado um cenário positivo, ainda há espaço para melhorias. Cerca de 15,78% dos motoristas se classificaram como "regulares", indicando a necessidade de um acompanhamento mais próximo. Um pequeno grupo de 5,42% se encontra em estados emocionais "péssimos" ou "ruins", o que exige intervenções imediatas.
"É importante que as empresas ofereçam suporte psicológico e emocional aos motoristas que apresentam sinais de sofrimento", afirma Rebeca. "Além disso, a promoção de uma cultura organizacional positiva e o incentivo a um estilo de vida saudável são fundamentais para o bem-estar dos profissionais do volante."
Fonte: O Tempo.