Certidão de óbito de Rubens Paiva corrigida (Foto/TV Globo/Reprodução)
A história do engenheiro e ex-deputado federal Rubens Paiva se tornou ainda mais conhecida pelos brasileiros com o filme “Ainda Estou Aqui”, que retrata seu desaparecimento em 1971. Agora, sua certidão de óbito foi corrigida para descrever os horrores pelos quais ele passou e deixar claro que ele foi vítima da ditadura militar.
A nova versão do documento descreve que a causa da morte foi “não natural, violenta, causada pelo Estado brasileiro no contexto da perseguição sistemática à população identificada como dissidente política do regime ditatorial instaurado em 1964”. A mudança atende uma resolução aprovada em dezembro de 2024 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que obriga a corrigir a certidão de 202 vítimas da ditadura. Os 232 desaparecidos oficiais durante o regime militar também terão direito a um atestado de óbito.
A primeira versão do atestado de óbito de Rubens Paiva foi emitida em 1996, 25 anos depois do desaparecimento. O momento em que a esposa do ex-deputado, Eunice Paiva,m recebe o documento é encenado em “Ainda Estou Aqui”.
O filme é baseado no livro de um dos filhos do político brasileiro, Marcelo Rubens Paiva. A produção de Walter Salles, também diretor de “Central do Brasil”, é a primeira do país a concorrer ao prêmio de melhor filme no Oscar. Além dessa indicação, o filme concorre como melhor produção estrangeira e pode render o prêmio de melhor atriz a Fernanda Torres, que interpreta Eunice.
Fonte: O Tempo