Delegado Luiz Antônio Blanco diz que polícia vence o tráfico

Grande desafio enfrentado pela sociedade, o tráfico de drogas na cidade tem sido combatido de forma integrada pelas polícias Civil, Militar, Federal e até a Guarda Municipal. Após participação no Programa Linha Aberta, da Rádio JM, onde respondeu a perguntas feitas pelos ouvintes, o delegado Luiz Antônio Blanco, titular da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes, falou com exclusividade ao Jornal da Manhã sobre os trabalhos desenvolvidos no combate ao tráfico.

O grande desafio, segundo ele, tem sido em relação ao efetivo defasado de agentes para atuarem na área. A chegada de 10 escrivães na última semana – diz – já está ajudando de forma significativa. No entanto, ele aguarda pelos novos delegados e agentes que devem se formar em outubro e dezembro, respectivamente.

Questionado se existe alguma ação específica sendo realizada na cidade, inclusive em relação à introdução do PCC (Primeiro Comando da Capital) na cidade, ele foi enfático em afirmar que os trabalhos estão sempre acontecendo de forma efetiva. “Estamos sempre investigando e monitorando o tráfico através de várias ações. Este é o nosso trabalho”, diz, lembrando que, em função de tais ações, cerca de 25 procedimentos de flagrantes são registrados mensalmente na cidade. Além disso, por mês, até 60 procedimentos nos quais as pessoas não são autuadas na hora são convertidos em portaria e dão início a novas investigações. Com isso, cerca de 1/3 dos quase 700 detentos da penitenciária local está lá condenado por envolvimento no tráfico de entorpecentes.

Reconhecendo que muito ainda precisa ser feito, inclusive no que diz respeito ao envolvimento de crianças e adolescentes no mundo do tráfico, Blanco afirma que atualmente os traficantes estão perdendo a briga contra as ações das polícias. “Graças à participação da população e ao apoio dos órgãos de imprensa, estamos vencendo esta batalha e esperamos vencer a guerra. Os trabalhos estão visando a um único fim, que é o combate ao crime em todas as instâncias e as últimas apreensões de drogas realizadas foram golpes duros para os traficantes. Porém, não podemos parar e esperamos contar com a participação imprescindível de toda a população, que pode nos ajudar com a certeza de que as identidades jamais serão reveladas, colocando vidas em risco”, encerra.