Na última terça-feira (20), a dona-de-casa Dalila Sousa Vital, residente na rua Januário Mário Felice, no bairro Elza Amui, reclamou que há um mês solicitou a troca do hidrômetro de seu domicílio, por conta de alterações drásticas nos valores cobrados na conta de água.
A moradora teve o aparelho removido de sua casa e, de acordo com ela, falta água há quatro dias. “Quem está me socorrendo são meus vizinhos, porque não tem uma gota de água para nada”, ressaltou.
Após várias tentativas de negociação com o Centro Operacional, Dalila foi avisada que teria novamente o abastecimento se desembolsasse uma quantia no valor de R$ 400. Na ocasião, a assessoria do Codau disse que a autarquia constatou que o hidrômetro foi violado com o objetivo de travar seu funcionamento e que a proprietária havia sido multada em R$ 374,50.
Revoltada, Dalila rebateu, dizendo que foi insultada e que desconhece a informação, destacando que a argumentação da empresa é improcedente. “Eu tenho provas da desorganização da empresa, que quis me deixar como culpada nessa história, meus vizinhos acompanharam tudo”, garantiu.
Ela resolveu tomar providências e cumpriu com a promessa. Acionou a Justiça para rever a situação e conseguiu liminar favorável ao pedido. O documento, assinado pelo juiz da 2ª Vara Cível, Fabiano Rubinger de Queiroz, em substituição legal, determinou que a colocação do equipamento na residência da dona-de-casa fosse imediato, bem como o restabelecimento do fornecimento regular de água.
Segundo o juiz Fabiano, “não há dúvidas de que o abastecimento de água é bem essencial à vida e saúde das pessoas”. O meritíssimo deferiu o pedido, que, se não acatado, tem como pena, multa diária de R$ 500.
Em contrapartida, a assessoria de imprensa do Codau esclareceu que não houve a citação da autarquia, bem como a intimação para proceder à religação de água. De acordo com a assessoria, assim que houver a intimação, o Codau cumprirá imediatamente a decisão judicial e a partir desse momento a questão será resolvida na Justiça.