Em um dos sites de compras informado pela mensagem, iPhone 14 sai por cerca de R$ 179
Site Liquida Mart vende iPhones por menos de R$ 200 (Foto/Liquida Mart/Reprodução)
Uma grande queima de estoque, com produtos com descontos generosos, é a isca perfeita que criminosos utilizaram para emplacar um golpe envolvendo a Walmart. Segundo um anúncio, que circula em grupos de WhatsApp, a empresa estaria fazendo uma grande queima de estoque depois de “anunciar a falência no Brasil”. A campanha ainda explica que o Grupo Carrefour, que comprou as unidades da multinacional, não teria se interessado pelos produtos, o que justificaria a venda com descontos de até 80%. O golpe já circula desde meados de julho nas redes. O Grupo Carrefour confirmou à reportagem de O Tempo que a informação é falsa: não há nenhuma promoção.
Um site, com cores similares a Walmart e utilizando elementos da logo da marca, ainda permanece no ar, enganando consumidores de todo o Brasil: o Liquida Mar Lojas. Já o Liquida Mart Mais saiu do ar. Há centenas de reclamações de clientes na plataforma do Reclame Aqui. Muitas pessoas fizeram compras que nunca receberam e ficaram no prejuízo. Há quem tenha se arriscado até a comprar um iPhone 14, que vale cerca de R$ 5.000, mas sai por apenas R$ 179 no site falso. Nenhum dos clientes consegue suporte no telefone e email informados na página.
A reportagem de O Tempo tentou entrar em contato com o Liquida Mart no WhatsApp informado no site, mas o perfil no aplicativo informa que trata-se de um golpe e que o número é novo e está no suporte da empresa. “Por favor, vá atrás do seu banco para reembolsar seu dinheiro”, avisa o texto.
O consumidor que se sentir lesado deve registrar queixa no Consumidor.gov e buscar ajuda no Procon do seu município. Caso tenha parcelado a compra no cartão de crédito, é possível tentar ainda suspender o pagamento diretamente com a instituição financeira.
O Grupo Big, do Carrefour, assumiu o controle acionário das lojas da Walmart no Brasil em 2019 e promoveu a reestruturação de todas as lojas.
Fonte: O Tempo