Filho de Elon Muski protagonizou situação inusitada na Casa Branca (Foto/Reprodução/X @elonmusk)
O bilionário Elon Musk anunciou, nesta quarta-feira (28), seu desligamento do governo de Donald Trump, encerrando oficialmente sua atuação à frente da iniciativa Doge — sigla em inglês para Departamento de Eficiência Governamental. A medida marca o fim de uma gestão marcada por cortes significativos em áreas como programas de diversidade e repasses à agência de cooperação internacional dos Estados Unidos, a Usaid.
Apesar de ter liderado o Doge desde sua criação, Musk nunca teve uma posição formalmente clara dentro da administração. A Casa Branca o descreveu repetidamente como um "funcionário especial do governo", e não como chefe do departamento. Pela legislação norte-americana, esse tipo de função só pode ser exercida por até 130 dias, prazo que foi atingido nesta semana.
Mesmo com a possibilidade de nomeá-lo para outra função, como conselheiro da Casa Branca, o governo Trump não indicou interesse em manter Musk em cargos oficiais.
A saída ocorre em meio a um visível desgaste na relação entre Musk e o presidente. O empresário, que ficou à frente de uma ampla operação de enxugamento de despesas federais — incluindo a exoneração de milhares de funcionários —, fez críticas públicas ao projeto de lei orçamentária apresentado pelo governo. Em entrevista à CBS News, exibida na noite anterior ao anúncio, Musk afirmou estar “decepcionado” com o pacote, que classificou como “um projeto de gastos imensos” que contradiz os esforços da equipe do Doge para reduzir o déficit fiscal.
Em abril, Musk já havia sinalizado que pretendia retomar foco integral em sua companhia automobilística, a Tesla, a partir de maio, o que também pesou na decisão de deixar o governo.